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quarta-feira, 27 de março de 2013

OS JOGOS GLADIATORIOS.

     Os jogos gladiatorios(latim: "Ludi Gladiatorii") tiveram o seu auge entre os seculos II a.C. ate V d.C. em Roma e em seus territorios dominados. Entretanto, os combates eram muito antigos. Em sua origem, os jogos eram um costume etrusco, onde servos e escravos lutavam ate a morte em ritual funebre para homenagear o morto, tranquilizando o seu espirito.
     A  palavra gladiador deriva do latim "gladius", que significava "espada curta", usada por estes atletas.
     Gladiador era um lutador escravo treinado na antiga Roma e suas provincias. Disputava para distrair o povo e o duelo so terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. Nesse momento da peleja era determinado por quem presidia os jogos, se o derrotado morreria ou nao, frequentemente influenciado pela reaçao dos espectadores do duelo. Alguns dizem que bastava levantar o polegar para salvar o lutador; outros dizem que era a mao fechada que deveria ser erguida.
     As primeiras lutas conhecidas aconteceram em Roma em 286 a.C., no começo da primeira guerra Punica, todavia o esporte teve inicio com os etruscos.
     Durante cerca de sete(7) seculos, as lutas de gladiadores entre si(ordinari) ou contra animais ferozes, o que era menos valorizado e prestigioso para os combatentes, foram  um dos espetaculos preferidos dos romanos. O Coliseu era o principal palco destas disputas, em Roma, e suas ruinas ainda se constituem numa atraçao turistica desta cidade.
     Certa vez, Androcles, um escravo fugitivo foi recapturado e lançado na arena do anfiteatro para ser devorado por um leao, porem o animal reconheceu nele o homem  que outrora lhe havia extraido um espinho de sua pata e nao lhe fez mal algum. Perplexo o Imperador concedeu-lhe perdao por seus crimes e Androcles passou a ganhar a vida exibindo o seu leao domesticado nas casas de vinho(tavernas).
     Com as conquistas territoriais, os escravos se constituiram na principal mao-de-obra da Republica Romana. Submetidos as condiçoes desumanas de vida e de trabalhos forçados, eram frequentes suas manifestaçoes de revolta. Alguns desses movimentos foram reprimidos rapidamente; outros, contudo, reuniram grande numero de escravos e duraram mais tempo. Uma dessas revoltas ocorreu entre 73 e 71 a.C. Seu lider era um gladiador chamado Espartaco. Apos ter fugido com outros 73 gladiadores de seu cativeiro em Capua, Espartaco reuniu um exercito de mais de 60 mil escravos. A frente dessa tropa, percorreu quase toda a provincia italica, vencendo varias vezes as legioes romanas. Ao se dirigirem para Roma, porem, foram derrotados por tropas comandadas pelo general Marcus Crasso. Cerca de 6 mil escravos foram condenados a morte na cruz.
     Devido ao tratamento mais humano, a possibilidade de alcançar a liberdade e ate mesmo a fama, ser gladiador era melhor do que ser um simples escravo. Na epoca dos Imperadores Caligula, Claudio e Nero, alem da condenaçao ao anfiteatro por crimes graves, foi estendida tambem sentenças de menores culpas, o que aumentou o interesse pelos combates. Imperadores tambem participaram das lutas, obviamente vencendo: Caligula(37-41 d.C.), Comodo(180-192 d.C.), Tito(79-81 d.C.), Adriano(117-138 d.C.).O Imperador Tiberio nao investiu em grandes obras no imperio e nem na realizaçao dos Grandes Jogos, economizando cerca de 3 milhoes de sestercios. Caligula, ao assumir o governo, gastou esta fortuna em construçoes extravagantes e nas realizaçoes dos jogos no Circo e no Anfiteatro: espetaculos tao gradiosos quanto crueis. Tinha paixao pelas corridas de quadrigas e para o seu cavalo de corrida favorito chamado Incitatus, construiu um estabulo de marmore com manjedouras em marfim. Oferecia jantares em nome deste animal e pretendeu-lhe dar-lhe o cargo de consul. No anfiteatro, participou como gladiador tracio: portando escudo redondo, um capacete, um ferro curvo com espada curva, armadura no braço direito e nas pernas. Ja o Imperador Comodo mostrou-se "mais selvagem que o imperador Domiciano" e "mais louco do que o imperador Nero". Dedicou-se a vicios sexuais depravados e participou como gladiador no anfiteatro Coliseu. Nos jogos de novembro do ano 192 d.C., matou varios animais domesticos e selvagens. Ameaçou o Senado exibindo uma cabeça de avestruz e uma espada ensanguentada. Com este gesto assinou sua sentença de morte, pois os senadores o enveneraram e o  estrangularam neste mesmo ano.
     Os gladiadores mais bem sucedidos ganhavam, alem de popularidade, muito dinheiro e, com o tempo, podiam largar a carreira de forma honrosa. Estes privilegiados ganhavam uma pensao do imperio e um gladio(espada de madeira) simbolo da liberdade. O sucesso e o afeto feminino eram outros fatores que contavam a favor deste estilo de vida. No que diz respeito a admiraçao das mulheres, diz-se que Comodo(180-192 d.C.), filho do Imperador Marco Aurelio(161-180 d.C.) e Faustina, era na verdade, o fruto de uma ardente paixao dela com um gladiador. O poeta romano Juvenal(67-127 d.C.), confirma essa admiraçao feminina com outro relato, onde a esposa do Senador Eppia fugiu com um gladiador para o Egito. O escritor Roland Auguet cita uma pichaçao contida na cidade de Pompeia, antes de sua destruiçao pelo vulcao Vesuvio(no ano 79 d.C.), que dizia : "Celadio, o thraex, 3 vezes vencedor e 3 vezes coroado, adorado pelas jovens". O mais famoso dos gladiadores talvez tenha sido o campeao Publio Ostorio, que no Anfiteatro de Pompeia, venceu em 51 combates. Outros homens livres buscavam os jogos gladiatorios com outros objetivos. Relatos contam que "um homem se ofereceu para lutar por 10 mil dracmas para auxiliar um amigo endividado". "Um jovem lutou para conseguir dinheiro para o funeral do pai". "Outros se tornavam gladiadores apos a falencia". "Ex-gladiadores tambem voltavam a arena do anfiteatro quando a oferta era grande".
     No geral, os gladiadores nao lutavam mais que tres(3) vezes ao ano. Viajavam em grupos conhecidos como "familias", quando iam combater em outras cidades. O treinador, conhecido como "latinista"(ou carniceiro) os acompanhava. Estes atletas eram, em grande parte, vegetarianos. Alimentavam-se basicamente de feijao e cevada. O motivo e o fato de que a carne era um alimento caro e eles eram escravos.
     Eram comuns nas lutas as participaçoes de anoes, sendo que combatiam entre si ou em grupos contra gladiadores normais. Haviam tambem gladiadores femininos, que pelejavam com um seio exposto e usavam as mesmas vestimentas dos lutadores masculinos. O Imperador Domiciano(81-96 d.C.) gostava de ver as disputas entre anoes e mulheres. No ano 200 d.C., o Imperador Setimo Severo(193-211 d.C.) proibiu os combates femininos.
     O Imperador Claudio(41-54 d.C.) era tao apaixonado por estes jogos, que quase nunca poderia ficar sem eles. Para aumentar mais a crueldade, proibiu o uso de capacetes com que estes atletas usavam quando entravam na arena. Queria que todos combatessem com a cabeça descoberta, servindo de prazer tanto para ele quanto ao povo romano, vendo nos aspectos aterrorizados dos combatentes a presença da morte, no arregalar dos olhos; nas expressoes da boca e o ultimo suspiro acompanhado de profundas agonias.
     O entusiasmo de toda o publico nestes espetaculos e indescritivel. A qualquer ferimento, o povo se levantava em sinal de aprovaçao e quando o vencedor lançava por terra o seu oponente e o tinha debaixo dos joelhos com a espada apontada sobre o pescoço, esperando a ordem do povo, para determinar a vida ou a morte do perdedor, a plateia gritava e os aplausos ecoavam em todas as galerias do anfiteatro. Se acaso o gladiador demonstrasse misericordia para com o vencido, logo os espectadores se enchiam de odio, exclamando em alta voz: "fere, mata, queima!"
     O Imperador Tiberio(14-37 d.C.), o segundo(2º) Imperador de Roma, demonstrou-se desanimado com a politica. Em 22 d.C., compartilhou os poderes tribunicios com o seu filho Druso, o jovem e começou a realizar excursoes a Campania que se tornavam mais longas a cada ano.Os jogos faziam parte da politica "Pao e Circo", instituida pelo imperio romano, sendo a distribuiçao de trigo e diversao ao povo, forma de amenizar futuras revoltas no imperio devido aos problemas sociais.
     O povo romano somente apoiava o poder imperial num aspecto: o favor ou a hostilidade do governante. As constantes realizaçoes dos grandes jogos nos Circos e anfiteatros, levava o Imperador a conquistar a amizade da populaçao. Tiberio, dentre as leis que aplicou, delimitou as despesas com os jogos e espetaculos. Extinguiu os combates de gladiadores, provocando a insatisfaçao dos romanos com este imperador. Durante o seu reinado poucas obras foram executadas: 1) A construçao de um templo dedicado a Otavio Augusto; 2) Reatauraçao do Teatro Pompeu, que nao se concluiu ate o reinado de Caligula. Recusou a ser adorado como um deus, tal como fizeram com Julio Cesar e Otavio Augusto. Apenas permitiu a construçao de um templo em sua honra na cidade de Esmirna e uma cidade em sua honra chamada Tiberiade(na costa ocidental do mar da Galileia), edificada por Herodes Antipas. No dia de sua morte, em 16/03/37 d.C.,  Roma recebeu com grande entusiasmo.Foi durante o governo de Tiberio que Jesus Cristo começou o seu ministerio, foi crucificado e iniciou-se o surgimento da igreja.:"E no ano quinze do imperio de Tiberio Cesar, sendo Poncio Pilatos presidente da Judeia..."(Lucas 3:1).
     A partir dos estudos de 120 esqueletos de gladiadores mortos nos combates ou executados na arena do anfiteatro, pesquisadores austriacos traçaram um retrato, baseado em evidencias materiais, de como eles morreram. O mais impressionante eram as formas de execuçao dos gladiadores derrotados. Aquele que tivesse ferimentos leves, esperava de joelhos pelo julgamento da plateia. Caso a decisao fosse pela execuçao, ele era morto com um golpe de espada na jugular(garganta). Se estivesse muito debilitado, era mantido de quatro na areia e recebia o golpe nas costas, na altura do ombro. A lamina penetrava entre os ossos e chegava diretamente ao coraçao. As ossadas estudadas, datadas dos seculos III e IV d.C., foram achadas na antiga cidade de Efeso, a mais movimentada da Asia Menor, na epoca, com cerca de 200 mil habitantes. Sua arena, adaptada sobre um teatro grego, podia acomodar 25 mil espectadores, a metade da lotaçao do Coliseu em Roma. Os arqueologos encontraram junto as tumbas muitos desenhos e inscriçoes a respeito da vida dos gladiadores, que permitiram identificar, por exemplo, um jovem de 21 anos, que treinava para ser gladiador desde os 17 anos e foi morto na 5ª vez em que se apresentava no anfiteatro.
     Arqueologos descobriram em Roma, a tumba do gladiador Marcus Nomius Macrinus, um dos favoritos do Imperador Marco Aurelio(161-180 d.C.), que teria dado grandes vitorias ao Principe romano. O tumulo foi encontrado na Via Flaminia em otimo estado de conservaçao, devido a lama oriunda do rio Tiber, seculos atras.
     O Imperador Vespasiano escreveu uma carta, antes de morrer ao seu filho, general Tito, futuro imperador de Roma, datada do dia 22 de junho de 79 d.C., que dizia: "Tito, meu filho, estou morrendo. Logo eu serei po e tu, imperador. Espero que os deuses te ajudem nesta ardua tarefa, afastando as tempestades e os inimigos, acalmando os vulcoes. De minha parte, so o que posso fazer e dar-te um conselho: nao pare a construçao do Anfiteatro Flaviano(Coliseu). Em menos de um ano ele ficara pronto, dando-te muitas alegrias e infinita memoria. Alguns senadores o criticam, dizendo que deveriamos investir em esgotos e escolas. Nao de ouvidos a esses poucos. Pensa: onde o povo prefere pousar sua nadega: numa privada, num banco de escola ou num estadio? Num estadio, e claro. Sera imensa propaganda para ti. Ele ficara no coraçao de Roma pelos seculos e sempre que olharem dirao: 'estas vendo este colosso? Foi Vespasiano quem começou e Tito quem o inaugurou'.....Moralistas e loucos dirao que mais certo seria reformar as velhas arenas. Mas todos sabem que e melhor usar roupas novas do que remendadas. Ate cego ve isso. "Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase: para seduzir o povo, pao e Circo". "Esperarei por ti ao lado de Jupiter".
     Sobre os combates de gladiadores, os 'Pais da Igreja' refutaram veemente:
     1) Antenagoras(175 d.C.): "Aos cristaos lhes esta proibido matar a ninguem. Mas ainda, nem sequer olhem quando se esta perpetrando um assassinato, ao passo que os pagaos encontram um prazer especial nisso, como o demonstram os espetaculos de gladiadores. Os cristaos tem bem mais respeito pela vida humana do que os pagaos".
     2) Antenagoras(175 d.C.): "Os que sabem que nem suportamos a vista de uma execuçao capital segundo a justiça, como podem acusar-nos de assassinato ou de antropofagia (canibalismo)?Quem de voces nao esta aficionado(vidrado) as lutas de gladiadores ou de feras e nao estima em muito as que voces organizam? Mas quanto a nos. pensam que o ver morrer esta cerca de matar mesmo e por isto nos abstemos de tais espetaculos. Como poderemos matar, os que nem sequer queremos ver matar para nao nos manchar com tal impureza?"
     3) Tertuliano(197 d.C.): "A quantos ociosos a vaidade nao os fez gladiadores, perecendo depois por causa das feridas? Quantos outros, levados do entusiasmo, lutam com as mesmas feras e se julgam mais distintos quantos mais mordeduras e cicatrizes ostentam!"
    4) Cipriano(250 d.C.): "As lutas de gladiadores sao preparadas para que o sangue alegre os desejos dos olhos sem piedade. O lucro do assassinato e sua gloria".
     5) Lactancio(340-313 d.C.): " O que se deleita em olhar a morte de um homem, ainda que homem condenado pela lei, continua sua consciencia igual como se fosse ele cumplice ou espectador de boa vontade de um homicidio cometido em segredo. Mas eles dizem que isto e diversao, o derramar sangue humano! ......Quando veem um homem, pronto para receber o golpe de morte, suplicando clemencia, sera justo aqueles que nao so permitem que lhe em morte, senao o bem mais o demandam? Votam cruel e desumanamente para a morte daquele, nao o satisfeito com ver seu sangue vertido ou as feras em seu corpo. De fato, ordenam que [os gladiadores], ainda que feridos e na  terra, sejam atacados outra vez\ e que seus corpos sejam apunhalados e golpeados, para estar seguros de que nao estao fingindo a morte. Essa gente ate se enoja com os gladiadores se um dos dois nao morre cedo. Detestam  as dilaçoes(adiamentos), como se tivessem sede de sangue. Afundam-se em tais praticas, perdem a sua humanidade. Por isso, nao convem que nos que tentamos andar no caminho da justiça, compartilhemos nos homicidios do povo. Quando Deus proibi o homicidio, nao so proibi a violencia que condena as leis do povo, mas proibi a violencia que os homens tem por legal".
     O Concilio de Niceia foi uma assembleia de Bispos cristaos reunidos na cidade de Niceia da Bitinia(atual Iznik, Turquia), convocado pelo Imperador Constantino I, em 325 d.C. Este Imperador proibiu que os senhores matassem seus escravos, reprimiu o adulterio, o concubinato. extinguiu a morte na cruz e interditou o combate de gladiadores. Mas embora tenham decaido, os jogos gladiatorios sobreviveram por mais 79 anos, apos a sua proibiçao. Em 393 d.C., o Imperador Teodosio I tambem ordenou a sua extinçao. O Bispo Inocencio I finalmente conseguiu junto ao Imperador Honorio(395-423 d.C.), filho de Teodosio I, a sua total extinçao, em 404 d.C.
     Fica registrado a historia do povo romano, que escravizou a maior parte das naçoes da terra. Um povo, cuja religiao tao absurda, idolatra, desprovida de compaixao e solidariedade aos seus semelhantes, cuja politica traiçoeira e vil, chega a abalar hoje a razao humana e por incrivel que possa parecer, desperta admiraçao entre filosofos modernos, parecendo pouco o sangue derramado e milhoes de vidas cortadas ao fio da espada.

                                              Bibliografia.
          Historia-volume unico-Gislane e Reinaldo-Editora Atica-1ª ediçao-2008-Sao Paulo.
          Tiberio-Enciclopedia livre-Wickipedia-online
          Historia da Igreja-online
          Cesar e Cristo-Freitas Souza-A Historia da civilizaçao III- 2ª ediçao-1971
          Gladiadores de ontem e de hoje-online
          Historia geral gladiadores-Imperio Romano-online
          Cronologia resumida de perseguiçao crista-online
          Dicionario da Igreja primitiva-online
          Colegio Vasco da Gama-Historia dos Imperadores-online.

segunda-feira, 11 de março de 2013

TEATRO: JOGOS CENICOS-II PARTE.

     O teatro e uma das expressoes mais antigas do espirito brincalhao da humanidade. Nele, os atores espressavam e desempenhavam, temporariamente, o papel de outra pessoa, passando a viver um determinado personagem, fantasiando-se e falando a maneira dele. Esse personagem pode ser um deus, o que explica a origem de determinadas representaçoes em atos religiosos. Mas tambem pode ser o proximo, que se deseja ridicularizar: este e uma das raizes dos jogos carnavalescos e da comedia, sem que se exclua, tambem para esta, uma origem ritualistica. Os teatros de marionetes e silhuetas, pertencentes aos jogos cenicos, tambem serviam para distrair o povo.
     O Apostolo Paulo pregou em Efeso durante dois(2) anos(53-55 d.C.), no periodo de sua terceira viagem missionaria. Deus fez maravilhas atraves dele: batizou com o Espirito Santo, expulsou demonios, curou os enfermos; muitos foram levados a conversao ao evangelho de Jesus Cristo, abandonando os idolos e o espiritismo. Todavia, Demetrio, fabricante de pequenos templos de prata com a imagem da deusa Diana(divindade que representava a lua, simbolo da castidade e pureza virginal), vendo que o prestigio do idolo seria comprometido, reuniu todos os fabricantes e operarios de edificaçoes semelhantes, criou uma enorme contenda em Efeso. Paulo desejava entrar no teatro para pregar o evangelho, porem foi impedido pelos presidentes das assembleias publicas, para nao desencadear uma perseguiçao contra os cristaos. As ruinas deste imenso teatro tem 66 carreiras de assentos com lugares para 24 mil e 500 ouvintes. Media 140 metros de diametro: "E, ouvindo-o, encheram-se de ira e clamaram, dizendo: grande e a Diana dos efesios. E encheu-se de confusao toda a cidade e unanimes correram ao teatro, arrebatando(arrastando) a Gaio e Aristarco, macedonios, companheiros de Paulo na viagem. E, querendo Paulo apresentar-se ao povo, nao lho permitiram os discipulos. E tambem alguns principais da Asia, que eram seus amigos, lhe rogaram que nao se apresentassem no teatro".(Atos 19:28-31).
     As representaçoes teatrais nos tempos da Republica(509-27 a.C.), em Roma, se realizavam em palcos de madeira armados em recinto aberto, permanecendo os espectadores de pe ou sentados na relva. A partir do seculo II começaram a ser construidos teatros de madeira que se desarmavam apos as representaçoes. Um dos teatros romanos mais conservados encontra-se em Orange(oeste da Italia) e data so seculo II d.C. Tinha capacidade para 40 mil espectadores. "Se o teatro moderno, no que se refere a sua forma exterior, se deriva do romano, as formas regulares do teatro romano se deriva do grego".
     No teatro romano, os acessorios sao mais aperfeiçoados que no teatro grego: existe uma cortina de cena; os trajes sao suntuosos, muitas vezes em excesso. Os atores e dançarinos eram geralmente escravos ou libertos e sua profissao era desonrosa(infamante), considerada assim ate a epoca imperial, como por exemplo os 'mimos'(peças comicas, extremamente imorais).
     A primeira vez que se realizou em Roma uma representaçao do tipo teatral, ou seja, diante de um muro chamado "scaena", foi em 369 a.C. Uma grande peste atinge a cidade . Os sacerdotes realizam o 'piaculum'(meio instrumento), isto e, um sacrificio expiatorio para aplacar a ira dos deuses. Como tal atitude nao se revelou eficaz, recorreram aos etruscos que foram a Roma e realizaram diante diante de 'scaena'(muro), espetaculos pantomimicos(arte de se expressar por meio de gestos ou mimicas), de natureza ludica(comica) e espetaculos esportivos. Esses espetaculos etruscos assemelhavam-se aos jogos romanos por sua natureza ludica(divertida) diferentemente dos espetaculos gregos, de natureza agonistica(ciencia dos combates em que se aplicavam a ginastica), onde dominava a competiçao. As exibiçoes etruscas eram realizadas por profissionais, unicamente para o prazer do publico. As danças de pantomina(mimica) tem o mesmo efeito que os espetaculos nos Circos e integravam um ritual ludico-religioso.
     O palco italico(scaena), de influencia etrusca, consistia numa fachada sobre a qual se prendia uma decoraçao com finalidades ilusorias. Ela marcava a dimensao do "nao real". Atraves dela, por uma porta central, entravam os atores-dançarinos, como se surgissem de um mundo irreal.
     O nascimento do teatro em Roma, e portanto, marcado pelo "ludus"(divertimento), pelo lusus, ilusorio.
     O teatro latino vem sempre marcado pelo ludismo. Entre os gregos, o teatro era uma competiçao, haja visto que as tragedias eram sempre representadas em meio a concursos. Um concurso grego poe em confronto artistas e dramaturgos, cada um tentando ser melhor do que o outro, diante de um publico que e o juiz. Tambem os jogos gregos faziam os esportistas encararem o concorrente como um inimigo, a quem queriam vencer. Em Roma, as exibiçoes entre cocheiros, joqueis, pugilistas, gladiadores e artistas almejavam nao apenas o prestigio pessoal, mas principalmente a recompensa financeira.
     Algumas datas marcaram historicamente o teatro latino. Em 364 a.C., abria-se o periodo de um teatro sem texto com a criaçao dos jogos cenicos: discurso onde alguns personagens estao parados, mas dialogando, entao o jogo cenico(divertimento de cena) começa por causa da voz dada aos personagens em açao. O teatro com texto ganha seu lugar com a instituiçao dos jogos gregos, em 240 a.C. E neste contexto que se podem localizar as obras de  Plauto, Terencio e mais tarde, Seneca, entre outros poetas dramaticos. Todavia, em 27 a.C., o texto deixa de lado  seu carater literario e passa a servir apenas de suporte a uma apresentaçao pantomimica.
     O substantivo comum para designar o ator romano era "ludius", ou seja, um dançarino e mimico ao mesmo tempo. Ao lado dele, tomavam lugar no palco o flautista e o cantor, porem ele era o centro do interesse da plateia, pois e quem garante o espetaculo. Por ocasiao dos jogos cenicos, eram aplaudidos, idolatrados e dotados de glorias, pois desencadeavam paixoes e, muitos dos atores recebiam favores, inclusive amorosos, de homens ilustres da Republica. O filosofo e escritor romano, Cicero(106-43 a.C.), cita o ator Roscius, como um desses gloriosos que "tinha conquistado tao grande afeto de todos nos como a mera expressao corporal".
     Para alcançar tal gloria e exercer o fascinio, era necessario que o ator cultivasse a perfeiçao de um corpo de bailarino e adquirisse a  precisao de uma voz de cantor, pois, afinal, ele e o responsavel pelo prazer do publico. O ator comico era o mais valorizado por causa de sua dança. Numa comedia, gastava a metade da cena dançando o seu papel, acompanhado do som da flauta e do escabelo(banco baixo para descanso dos pes). Cada ator especializava-se num papel masculino ou feminino, ja que era proibido as mulheres apresentarem-se no palco. Para isso, cultivavam atributos fundamentais, como a agilidade para o escravo, a graça e a feminilidade para representar a prostituta elegante(cortesa). A voz deveria ser forte o bastante para preencher os espaços dos enormes teatros romanos, mas o principal atributo do ator comico era mesmo o corpo. Ja o ator tragico destacava-se pela declamaçao, mas devia tambem ser capaz de transmitir atraves de codigos gestuais determinados sentimentos de dor, colera, desespero, jubilo, furor.
     Encerrado o periodo dos jogos cenicos, o direito romano condenava os atores a infamia juridica, privando-os dos direitos civicos e politicos, calcando-os as camadas mais inferiores da sociedade. Alem da infamia juridica, a sociedade tambem os dotava de infamia moral, considerando-os seres despreziveis e repugnantes, semelhantes as prostitutas. Isso acontecia porque a sociedade romana desprezava as pessoas que ofereciam seus corpos aos deleites(prazeres) e a satisfaçao dos espectadores.
     Essas representaçoes teatrais, quando realizadas, eram de livre acesso a todos: mulheres, homens, crianças e escravos. O publico apresentava-se exigente: tumultos e vaias eram frequentes. Os atores que desagradavam eram expulsos do palco e ate mesmo esbofeteados. Compreeende-se que o dominio grego tivesse o cuidado de organizar uma boa equipe teatral, que nem sempre era bem sucedida, provocando forte reaçao da assistencia.
     O Apostolo Paulo, inspirado pelo Espirito Santo, no ano 64 d.C., exortou os cristaos da cidade de Efeso, amante das peças teatrais, que fugissem destes costumes greco-romano: "Nem em torpezas(indecencias), nem parvoices(bobagens, tolices), nem chocarrices(zombarias), que nao convem; mas antes(ao inves) açoes de graças".(Efesios 5:4).
     Os 'Pais da Igreja', nos primeiros quatro seculos da trajetoria da igreja primitiva, condenavam as peças teatrais por serem obscenas e sensuais. Os judeus e cristaos se opunham aos metodos usados pelos atores de se vestirem de mulheres, baseados no que diz as Escrituras: "Nao havera trajo de homem na mulher e nao  vestira o homem vestido de mulher: porque, qualquer que faz isto e abominaçao ao Senhor teu Deus".(Deuteronomio 22:5).
     Depois do seculo VI d.C., so se ouvia falar de artistas de teatro sendo proibidos de encenar e pregaçoes de lideres da igreja que se referiam aos atores que "andam de terra em terra espalhando a imoralidade". No ano 528 d.C., o Imperador Justiniano proibi todas as encenaçoes teatrais dos pagaos: "aqueles que sofrem da blasfemia e loucura dos gregos".
     Analisemos o que disseram alguns 'Pais da Igreja':
     Clemente de Alexandria(195 d.C.): "A tal ponto de desenfreio chegou a vida, comprazendo-se na maldade, que a luxuria(os desejos sensuais) estendeu-se pelas cidades, convertendo-se em lei. Sob seus tetos, ha mulheres dispostas a vender sua propria carne para a luxuria do prazer e tambem moços que, amestrados para renegar a sua natureza, fazem-se passar por mulheres".
     Clemente de Alexandria(195 d.C.): " A luxuria transformou tudo. A vaidade afeminada desonra ao homem. Tudo o que procura, tudo o tenta, tudo o violenta, revira a natureza, os homens adquiram o papel passivo de mulheres e as mulheres atuam como homens, sendo possuidas contra natureza ao unir-se com mulheres".
     Clemente de Alexandria(195 d.C.): "Portanto, devem extinguir-se os espetaculos e as audiçoes por estar repletos de charlatanearia(engano). Que açao torpe nao se mostra nos teatros? que desavergonhadas palavras nao pronuncia os comediantes?"
     Tertuliano(197 d.C.): "Que direi? que um comediante infame, representando o papel de Hercules se vista da imagem de seu deus e que o corpo impuro de uma prostituta torpe se vista em lascivo traje da majestade de Minerva e que em presença sua se misturam estes representantes e que vendo voces ultrajada a majestade e a deidade violada, estejam aplaudindo com riso um ato tao profano".
     Tertuliano(197 d.C.): " O pai que proteje com cuidado e guarda os ouvidos de sua filha virgem, depois a leva ao teatro......como pode ser justo ver as coisas que sao injusto fazer? e aquelas coisas que contaminam ao homem quando saem de sua boca, nao lhe contaminarao quando entram por seus olhos e ouvidos?"
     Tertuliano(197 d.C.): "Tudo zelo na busca de gloria e honra morta em nos...entre nos nunca se diz, ve ou escuta nada que tenha algo em comum com a loucura do Circo(hipodromo), a desonestidade do teatro, as atrocidades da arena(anfiteatro) ou o exercicio inutil do campo de luta livre(estadio). Porque se ofendem conosco se discordamos de voces(romanos) quanto aos seus prazeres?"
     Tertuliano(197 d.C.): "........Que tem que ouvir nossos ouvidos nas indecencias(torpezas) do teatro?"
     Marco Minuncio Felix(200 d.C.): "Nas representaçoes teatrais a loucura nao e menor; uma vez, o ator narra ou representa adulterios, outras, um comediante afeminado incita ao amor enquanto o representa...."
     Lactancio(304-313 d.C.): "A mim me parece que as influencias depravadoras do teatro sao ate piores[do que as arenas].....que estarao aprendendo nossos jovens quando veem que ninguem tem vergonha de tais coisas, senao que todos as olham com gosto?"
     Os "Pais da Igreja" so confirmaram o que advertiram os servos de Deus, atraves dos seculos:
     1) O Salmista Davi: "Nao porei coisa ma diante dos meus olhos..."(Salmos 101:3).
     2) Profeta Isaias(713 a.C.): "....O que tapa os seus ouvidos para nao ouvir falar de sangue e fecha os seus olhos para nao ver o mal. Este habitara nas alturas...."(Isaias 33:15-16).
     3) O Salmista: "Desvia os meus olhos de comtemplarem a vaidade e vivifica-me no teu caminho".(Salmos 119:37).
     4) Jesus Cristo: " E dizia: o que sai do homem isso contamina o homem. Porque do interior do coraçao dos homens saem os maus pensamentos, os adulterios, as prostituiçoes, os homicidios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissoluçao, a inveja, a blasfemia, a soberba, a loucura.".(Marcos 7:20-21).
                                   
                                  Bibliografia.
                                  Cesar e Cristo-A historia da civilizaçao III-2ª ediçao-1971- De Freitas Souza.
                                  Dicionario da mitologia grega e romana-3ª ediçao-1990- De Mario Gama
                                  A Historia da civilizaçao II- Nossa herança classica- De Will Durant-1939
                                  Dicionario da Igreja Primitiva-online
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quarta-feira, 6 de março de 2013

TEATRO: JOGOS CENICOS- I PARTE

     Tambem conhecidos como jogos cenicos ou representaçoes dramaticas.
     Do latim "theatrum", emprestimo do grego "theatron"= teatro.
     Era o lugar dos jogos publicos. Reuniao de espectadores ou ouvintes. Do verbo grego "theas, thai-ver, contemplar, olhar, ou seja, teatron=contemplaçao.
     Edificio ou lugar, destinado a representaçao de obras dramaticas, operas ou outros espetaculos publicos, realizados na grecia antiga e na Roma antiga. Arte de compor obras dramaticas ou representa-las.
     O teatro grego nasceu da religiao. Originou-se na uniao da religiao com a pornografia(imoralidade), devido a sua origem, que Aristoteles(384-322 a.C.), filosofo grego, atribui as  procissoes organizadas em honra de Dionisio, deus do vinho e dos prazeres(divindade particularmente desavergonhada). Em lugar de velas e oraçoes, pedia aos fieis simbolos do seu culto e versos celebrando o sexo.
     As dionisias, festas populares atenienses em honra ao deus dionisio, incluiam uma procissao em que a antiga estatua de madeira desta divindade era carregada do templo ao teatro. Apos os sacrificios rituais, se desenrolava a parte essencial da festa: as representaçoes dramaticas. As primeiras obras teatrais de relevo foram algumas tragedias representadas no seculo VI a.C. As tragedias faziam parte destas festas idolatras praticadas em comemoraçao do retorno da primavera e a fertilidade dos campos. A propria palavra "tragedia" mostra essa ligaçao entre o teatro e os ritos populares. "Trageidia" deriva do grego "tragos" que significa "bode"= animal muito usado em sacrificios a esta divindade. Os espetaculos teatrais de entao nao so serviam para diversao publica, como faziam parte integrante do culto. Assim, nessas festas em honra a dionisio, demeter e outras divindades, apresentavam-se atores mascarados de satiros(bodes), ninfas, etc cantando nos intervalos das danças e dos coros, a historia do deus homenageado. Satiro era o deus campestre dos gregos e romanos, companheiro de dionsio(ou Baco). Os primeiros atores do teatro grego foram praticantes desse culto: apresentavam-se fantasiados de satiros, com um rabo de cabra preso ao traseiro e certos enfeites de couro vermelho(orgao sexual masculino). O que para nos e obsceno, para os gregos era apenas a marca da religiosidade, expressao de forças magicas da fecundidade e procriaçao, que garantiam(segundo eles) a continuidade da vida. O carater liturgico do teatro, que na realidade era uma especie de "oratorio", patenteava-se na colocaçao, no palco de honra, uma estatua de dionisio, a qual sacrificava uma cabra, antes de começar a peça. O local do espetaculo era o proprio templo e gozava das mesmas prerrogativas de santuario durante a representaçao. Por isso, qualquer delito que ali ocorresse era considerado sacrilegio e punido, imediatamente, com a morte.
     Portanto, encenar peças eram a forma dos gregos honrarem os seus deuses, sendo dionisio o deus do teatro. As obras dramaticas se desenvolveram a partir de cançoes e danças que eram apresentadas durante a adoraçao a este deus. As peças aconteciam num circulo de piso plano chamado "orquestra", que quer dizer em grego "lugar de dançar". Originalmente, era provavelmente a area reservada para debulhar(tirar os graos) do milho nas aldeias gregas. Um coro de cantores e dançarinos sempre desempenhavam um papel importante em qualquer  peça grega. Aos poucos, porem, seu lider foi separando-se deles e passando a fazer comentarios falados. Essa foi o inicio da "encenaçao". Nao havia mulheres atrizes, os homens representavam o papel feminino. Essa era a razao por que todos usavam mascaras, que tambem ajudavam a projetar a voz dos atores na plateia.
     Flavio Josefo(37-103 d.C.), escritor e historiador judeu, instruido na vasta cultura judaica, relata: "Este principe dos judeus(Hircano) recebeu tambem outra grande honra da republica de Atenas.....decretou-se honra-lo com uma coroa de ouro, erguer-lhe uma estatua de bronze no templo de Demas e das Graças e fazer-se publicar por um arauto, nos lugares de exercicios publicos da luta e de corrida e no teatro, quando ai se representavam novas comedias ou tragedias em honra de Baco, de Ceres e de outras divindades, que essa coroa lhe foi dada por causa de sua virtude".
     Em 534 a.C., Terpis apresentou a primeira tragedia no teatro situado no santuario de Dionisio, no flanco da Acropole(Grecia). Havia outros teatros nos santuarios deste deus: em Pireu, em Golitos, em Salamina e em Eleusis, etc As representaçoes constituiam, em Atenas, uma forma de culto publico, em homenagem prestada pela cidade a Dionisio. As peças teatrais se realizavam por ocasiao de uma festa da divindade, sob a presidencia de um sacerdote e organizada pelos magistrados da cidade. As tres  grandes datas dos festivais dramaticos eram: 1) Dionisias maiores ou urbanas(fins de março); 2) Dionisias menores ou campestres(em dezembro); 3) As Leneias(em janeiro). Apesar do carater religioso das representaçoes teatrais, o publico nao fazia a menor cerimonia em manifestar seus sentimentos de maneira emocionante: aplaudia, se ficavam satisfeitos; caso contrario, assobiava ou batia os pes.
     Por ocasiao das realizaçoes das comedias gregas, proclamava-se uma especie de tregua para a decencia, concedendo a todos, velhos, homens e mulheres, o direito de violar os preceitos da moral e conduta familiar. Devido a isto, as peças ficavam sempre cheias de imoralidades.
     Esquilo(525-456 a,C.), autor grego, foi talvez o primeiro a encenar a açao narrada. Outros autores, como Sofocles(496-406 a.C.), Euripides(480 a.C.-406 a.C.), Aristofanes(450-385 a.C.), Tucidides(460-400 a.C.), Cratino(520-423 a.C.), Eupolo, Demostenes(384-322 a.C.), entre outros, contribuiram para o seu  aperfeiçoamento.
     Em 465 a.C., um (1) antes de se realizar a 79ª olimpiada, em louvor a Zeus, houve as decoraçoes cenicas de Agatarco para os dramas de Esquilo. Em 319 a.C., um(1) ano apos se realizar a 97ª olimpiada, foram representadas as primeiras peças em Roma, havendo alcançado grande exito o genero comedia. Na Grecia, a comedia surgiu com Aristofanes, considerado o maior poeta comico do pais. Em 330 a.C., dois(2) anos apos ter se realizado a 112ª olimpiada, foi concluida a edificaçao do teatro de Dionisio, em Atenas, por Licurgo(396-324 a.C.). Em 200 a.C., ano da 145ª olimpiada, foi implantado um teatro, com recitativos(trechos declamados) e silhuetas(desenhos de perfis humanos) nas cavernas hindus. Em 55 a.C., um(1) ano apos a 181ª olimpiada, foi construido o primeiro teatro de pedra em Roma, edificado por Pompeu. Em 13 a.C., um(1) ano antes de se realizar a 192ª olimpiada, foram construidos mais dois(2) teatros de pedra: 1) Teatro Cornelius Balbus; 2) Teatro de Marcelo, levantado pelo Imperador Otavio Augusto, denominando esta obra com o nome de seu genro "Marcelus"(Marcelo).