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domingo, 18 de agosto de 2013

BABILÔNIA: SINÕNIMO DO PECADO E MUNDANISMO- III PARTE.

     Heródoto(484-420 a.C.), autor grego, diz que Babilônia a qual ele havia visitado, ocupava uma área quadrada de 22 kms, com uma área provável de 370 kms. O templo do deus Bel tinha a altura de 200 metros(até hoje no mundo, não há catedral tão alta). Diz-se que 42 reis tinham receio de reedificar esse templo depois da sua destruição, mas que o rei Nabucodonosor(605-562 a.C.) sentiu muito orgulho em dizer que o tinha feito sem demora. As muralhas de Babilônia tinham mais de 100 metros de altura e a largura era tal que duas(2) carruagens(bigas) de guerra, podiam andar lado a lado por cima dela. Cada lado da cidade tinha 25 portas de metal. De cada porta partia uma rua, cuja distância era de 6 km da outra extremidade. Sob o reinado de 43 anos de Nabucodonosor, esta cidade reviveu seus tempos mais gloriosos.
     Este rei babilônico mandou construir, no século VI a.C., os Jardins Suspensos da Babilônia, para agradar e consolar sua esposa Amitis, que nascera na Média, um reino vizinho, e vivia com saudades dos campos e florestas de sua terra natal, já que Babilônia era uma planície. À margem oriental do rio Eufrates, foi construído o novo e suntuoso palácio real. Ao sul do mesmo, mandou elevar a sua maravilha. Não foram poucas as dificuldades para levantar estes jardins. Entretanto, tempos depois lá se encontravam soberbos e magníficos: "Seis(6) montes de terras artificiais, com terraços arborizados, apoiados em colunas que variavam no seu tamanho.Assentavam-se sobre um pequeno monte artificial de uns 16 metros e meio de altura, recortado por túneis e reservatórios.Chegava-se a estes jardins por uma escada de mármore. A primeira plataforma media 250 metros e sobre ela levantavam-se 25 pilares de cada lado e outros 25 espalhados no interior do quadrado, com intervalos de 3 metros... Os terraços foram edificados um em cima do outro e em cada um deles haviam plantações diversas, como árvores e flores tropicais e alamedas de altas palmeiras.. Em cima da cobertura encurvada(abóboda) ficava o aterro, com terra suficiente para receber as raízes, mesmo das grandes árvores. A luz entrava nos túneis pelas abóbodas superiores. No cume dos jardins, haviam máquinas que faziam subir dos reservatórios, água do rio Eufrates sem que ninguém percebesse. Dos jardins, podia-se ver as belezas da cidade abaixo.
     Nabucodonosor construiu um conjunto arquitetônico para proteger sua metrópole contra qualquer invasão. Fez um canal de defesa ligando os rios Tigre e Eufrates, a 40 km de Babilônia, cercado por um muro em toda a sua extensão(o Muro dos Medos).
     A religião teve um papel fundamental nesta cidade, possuindo 14 diferentes santuários e outros 29 distribuídos por todo o resto desta metrópole. Um dos maiores santuários foi nomeado Esagil, dedicado ao deus Marduk(língua babilônica) ou Merodaque(na língua Assíria). O maior palácio desta cidade denominava-se "Torre de Babel" ou "Fundação do Templo do céu e da Terra"(em honra ao deus Bel), que elevava-se sobre toda a metrópole, localizado ao norte do santuário do deus Marduk.
     Apesar de Nabucodonosor ter sido usado por Deus para cumprir seus propósitos, reinava em seus costumes as práticas de feitiçaria e idolatria, que o Altíssimo tanto abomina: "E no segundo ano do reinado de Nabucodonosor........mandou chamar os magos, os astrólogos, os encantadores e os caldeus para que declarassem ao rei qual tinha sido o seu sonho; e eles vieram e se apresentaram diante do rei.....Respondeu Daniel na presença do rei e disse: o segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem descobrir ao rei; mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos...."(Daniel 2:1,2,27 e 28).
     "Eu, Nabucodonosor....tive um sonho....então entraram os magos, os astrólogos, os caldeus, e os adivinhadores e eu contei o sonho diante deles: mas não me fizeram saber a sua interpretação."(Daniel 4:4,5 e 7).
     "O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, a altura da qual era de sessenta côvados(30 metros de altura) e a sua largura de seis côvados: levantou-se no campo de Dura, na província de Babilônia.... e qualquer que não se prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro do forno de fogo ardente"(Daniel 3: 1e 6).
     O profeta Ezequiel, no ano 593 a.C., no cativeiro babilônico, denunciou as formas de adivinhações usadas por Nabucodonosor e por todos os descendentes babilônicos, que afrontam ao Todo-Poderoso: "  Porque o rei de Babilônia parará na encruzilhada, no cimo dos dois caminhos para fazer adivinhações: aguçará as suas frechas, consultará os terafins(ídolos domésticos), atentando nas entranhas(dos animais)."(Ezequiel 21:21).
     Outro tipo de prazer reinante em Babilônia era o bebida fermentada. Na totalidade dos documentos mais antigos vindo desta metrópole, desde os primórdios da escrita, é o fato comprovado de que, ao lado da água pura, porção verdadeiramente universal de todos os tempos, a bebida mais comum, mais popular, não era o vinho, mas a cerveja. Esse território de aluviões(depósitos), entre os rios Tigre e Eufrates, cercado por canais, era eminentemente próprio para a cultura, em grande escala de cereais. Era portanto, inevitável que os cereais fornecessem o essencial do regime alimentar: o pão que, imerso na água e fermentado, produzia singelamente o líquido alcoolizado, que era a cerveja, mesmo que esta ainda estivesse muito longe da que é consumida nos dias atuais. Essa cerveja, a qual os sumérios davam um nome cuja significação original não conhecemos, "Kash" e os Acádios, "Shikaru", literalmente significando "a embriagante", figurando entre os mais primitivos sinais da antiga escrita, por volta de 3200 a.C.
     O símbolo que representa é um grande vaso, cujo interior se vêem grãos que evidentemente foram deixados na água para fermentar. Não apenas se permaneceu fiel a essa bebida no país, dando lugar a outras bebidas: tisanas diversas e "vinhos" de tâmaras e de outras frutas), desenvolvendo-se em torno da cerveja. Foram encontradas até mesmo fragmentos de um formulário para fabricá-la, espécie de "manual do cervejeiro". Esses textos permitem conhecer mais de 50 tipos de preparação diferentes, variando entre si pelo grau alcoólico e pelo crescimento, pelos cereais de base e pelos diferentes sabores acrescentados. Qualquer que fosse a sua forma, a cerveja era verdadeiramente, ao lado da água pura, a bebida preferida, dos mais pobres aos que pertenciam a mais alta hierarquia social, dos simples súditos aos governantes e reis. Todos se deleitavam com ela, até mesmo os deuses, aos quais era oferecida, durante as cerimônias religiosas. A civilização mesopotâmica foi, essencialmente, a civilização da cerveja.
     O vinho aparece, sobretudo, em toda a parte, como objeto do comércio ativo e de importação a partir da região sírio-armênia, seja por meio de caravanas, seja ao descer de barco pelo rio Eufrates(principalmente a partir do porto de Carquemish, cerca de 100km a nordeste de Aleppo). Esta bebida extraída do sumo das uvas, foi uma das matérias preferidas dos presentes ofertados pelos reis àqueles que desejavam recompensar ou homenagear. Por volta do ano 780 a.C., são distribuídas regularmente vinho a todos os funcionários e servidores do rei, hierarquicamente classificados e homenageados. Por volta de 870 a.C., o rei da Assíria Ashshur-Nasir-Apal II(883-859 a.C.), depois de ter renovado inteiramente a capital Nimrud, em um grande banquete, ofereceu a sua corte, junto com os altos funcionários, os operários das obras de construções e aos cidadãos da cidade, uma imensa refeição, regada com grande quantidade de cerveja e vinho, ou seja, 100 mil litros de bebida fermentada, provocando bebedeira coletiva.
     O vinho não conseguiu superar na Mesopotâmia, uma antiga e obstinada fidelidade a cerveja.
     O vinho da Mesopotâmia mostra-se cada vez mais refinado e exigente. Em 1600 a.C., passou-se a distinguir o "vinho jovem" e o "vinho velho". Há o "vinho de qualidade"(ou seja, o de bom gosto), ao contrário, do ordinário ou de segunda classe, conhecido como vinagre. Conhecia-se os "vinhos fortes", "doces" ou "muito doces"(adicionados com mel e açúcar da época) e até mesmo "vinho amargo", com provável adição de ervas e sumo de ervas(talvez a murta). Na ordem da cor: "vinho claro"(branco, rosé) e o "tinto", com duas variedades(sâmu e Simu), com nuanças, "olho de boi".
     Nabonido, rei de Babilônia(556-539 a.C.), nomeou seu filho Belsazar como regente desta cidade, partindo para Tema(Arábia). Em 540 a.C., Nabonido se gabou de ter distribuído, igualmente aos operários que trabalharam na edificação de um templo, grande quantidade de "pão e carne", "cerveja fina" e "vinho", segundo o costume mesopotâmico. Seu filho Belsasar, num tom desafiador, pediu que lhe trouxessem as taças de ouro e prata do templo do Senhor, para ingerir bebidas embriagantes, provocando assim a sentença divina sobre o seu reino: "O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil. Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem por eles o rei, os seus grandes, as suas mulheres e concubinas...beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra."(Daniel 5:1,2 e 4). Pelo fato de seu pai Nabonido ter se casado com uma filha de Nabucodonosor, Belsazar passou a se chamar "filho de Nabucodonosor".
     Devido a dedicação dos seus alimentos aos deuses, o profeta Daniel decidiu separar-se de tais refeições: "E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar(iguarias) do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar......desta sorte, o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho que deveria beber e lhes dava legumes."(Daniel 1:8 e 16).
     No exílio babilônico, os judeus participaram de muitos privilégios: foi-lhes permitido construir casas, ter criados e negociar(Jeremias 29:5-7; Esdras 2:65); e ninguém os impediam de ocupar as mais altas posições do Estado(Daniel 2:48; Neemias 1:11). Tinham  consigo os sacerdotes e os Doutores(Jeremias 29:1: Esdras 1:5); recebiam os conselhos e encorajamento do profeta Ezequiel(Ezequiel 1:1). Em 539 a.C., o profeta Daniel compreendeu pela leitura dos livros inspirados, que o cativeiro judaico havia de durar 70 anos, levando-o a suplicar a Deus pela restauração do seu povo. Babilônia foi instrumento nas mãos de Deus para castigar as nações pecadoras, inclusive Judá. Durante este período do exílio, os judeus eram tratados como órfãos e desprezados pelo Todo-Poderoso, o que em breve teria a sua redenção: "Acontecerá, porém que,quando se cumprirem os setenta anos, visitarei o rei de Babilônia e esta nação, diz o Senhor, castigando a sua iniquidade e a da terra dos caldeus; farei deles uns desertos perpétuos."(Jeremias 25:12).
     "No ano primeiro do seu reinado(Dario, o Medo), eu, Daniel entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.......a ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós, a confusão de rosto, como se vê neste dia; aos homens de Judá, aos moradores de Jerusalém e a todo o Israel; aos de perto e aos de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa da sua prevaricação, com que prevaricaram contra ti."(Daniel 9:2 e 7).
     Diferentemente do exílio na Assíria, onde os judeus deportados(cerca de mais de 200 mil israelitas), se misturaram totalmente com as outras nações, os exilados na Babilônia se articularam em comunidades, não deixando o judaísmo perecer. Mantinham a divisão das tribos, seguiam a genealogia, começada antes do exílio. Nos primeiros momentos, os exilados entraram em profundo desespero, não entendendo  o por que o Altíssimo ter permitido que passassem por tão grande humilhação, por estarem fora da Terra Prometida. Todavia, com o tempo, foram aceitando esta condição do exílio, sendo que alguns até se consideravam o verdadeiro povo de Israel, menosprezando os que haviam ficado nas terras de Canaã.
     "Porque, assim diz o Senhor: certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar."(Jeremias 29:10).
     "Assim diz o Senhor: eis que levantarei um vento destruidor contra Babilônia e contra os que habitam no coração dos que se levantam contra mim.......Porque Israel e Judá não foram abandonados do seu Deus, do Senhor dos Exércitos, ainda que a sua terra esteja cheia de culpas perante o santo de Israel. Fugi do meio de Babilônia e livre cada um a sua alma; não vos destrua a vós na sua maldade; porque este é o tempo da vingança do Senhor; ele lhe dará a sua recompensa......e pagarei a Babilônia e a todos os moradores da Caldéia, toda a sua maldade, que fizeram em Sião, à vossa vista, diz o Senhor.......e visitarei a Bel em Babilônia e tirarei da sua boca o que ele tragou e nunca mais concorrerão a ele as nações: também o muro de Babilônia caiu. Saí do meio dela, ó povo meu e livre cada um a sua alma, por causa do ardor da ira do Senhor......portanto, eis que vêm dias, em que visitarei as imagens de escultura de Babilônia e toda a sua terra será envergonhada e todos os seus  traspassados cairão  no meio dela.....como Babilônia fez cair os traspassados de Israel, assim em Babilônia cairão os traspassados de toda a terra.....portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que visitarei as suas imagens de escultura; e gemerá o traspassado em toda a sua terra."(Jeremias 51:1,5,6,24,44,45,47,49 e 52).
     Babilônia orgulhava-se pelo seu poder comercial, político, sendo o berço da vaidade, ostentação, costumes idólatras e prazeres mundanos, levando o Altíssimo a anunciar sua destruição: "E Babilônia, o ornamento(enfeite) dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou."(Isaías 13:19).
     Exemplo disto está no relato de Nabucodonosor, levando Deus a puni-lo, retirando-lhe o reino durante sete(7) anos, tornando-o perturbado mental: "Falou o rei e disse: não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder e para a glória da minha magnificência? ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: a ti se diz, ó rei Nabucodonor: passou de ti o reino. E serás tirado dentre os homens e a tua morada será com os animais do campo..."(Daniel 4:30-32).
     "Então proferirás este dito contra o rei de Babilônia e dirás: como cessou o opressor! a cidade dourada acabou!......o inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda.......porque me levantarei contra eles, diz o Senhor dos Exércitos, e desarraigarei de Babilônia o nome e os resíduos, o filho, o neto, diz o Senhor. E reduzi-la-ei a possessão de corujas e a lagoas de águas: e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o Senhor dos Exércitos."(Isaías 14:4,9,22 e 23).
     Deus usou o profeta Isaías, em 712 a.C., falando da queda de Babilônia, predição que ocorreria 173 anos após, com a invasão desta cidade pelas tropas persas, liderada pelo rei Ciro, em 539 a.C., matando o príncipe-regente Belsazar(Daniel 5:26-28): "E eis agora vem um bando de homens e cavaleiros aos pares. Então respondeu e disse: caída é Babilônia, caída é! e todas as imagens de escultura dos seus deuses se quebraram contra a terra."(Isaías 21:9).
     "E tu, seu filho Belsazar, não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste de tudo isto....contou Deus o teu reino e o acabou. Pesado foste na balança e foste achado em falta. Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e persas....naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos Caldeus. E Dario, o medo, ocupou o reino, na idade de sessenta e dois anos."(Daniel 5:22,26 e 30).
     "Assenta-te silenciosa e entra nas trevas, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada Senhora dos reinos.....e dizias: eu serei senhora para sempre: até agora não tomastes estas coisas em teu coração, nem te lembraste do fim delas.....mas ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de filhos e viuvez: em toda a sua força virão sobre ti, por causa da multidão das tuas feitiçarias, por causa da abundância dos teus muitos encantamentos."(Isaías 47:5,7 e 9).
     No ano 595 a.C., o profeta Jeremias, falando da parte de Deus, confirmou a tomada de Babilônia por uma nação vinda do norte da Mesopotâmia(Pérsia): "A palavra que falou o Senhor contra Babilônia, contra a terra dos caldeus, por Jeremias, o profeta. Anuncio entre as nações; e fazei ouvir, não encubrais, dizei: tomada é Babilônia, confundido está Bel, atropelado está Merodaque, confundido estão os seus ídolos e caídos estão os seus deuses. Porque subiu contra ele uma nação do norte, que fará da sua terra uma solidão e não haverá quem habite nela: desde os homens até os animais fugiram e se foram.......a espada virá sobre os caldeus, diz o Senhor e sobre os moradores de Babilônia e sobre os seus príncipes, sobre os seus sábios....cairá a seca sobre as suas águas; porque é uma terra de imagens de escultura..."(Jeremias 50: 1,3, 35 e 38).
     "Então tremerá a terra e doer-se-a, porque cada um dos desígnios do Senhor está firme contra Babilônia, para fazer da terra de Babilônia, uma assolação, sem habitantes."(Jeremias 51:29).
     "Por isso habitarão nela(Babilônia) as feras do deserto, com os animais bravos das ilhas: também habitarão  nela as avestruzes; e nunca mais será povoada, nem será habitada de geração em geração."(Jeremias50:39).
     "Alimpai as frechas, preparai perfeitamente os escudos: o Senhor despertou o espírito dos reis da Média; porque o seu intento contra Babilônia é para a destruir; pois esta é a vingança do Senhor, a vingança do seu templo."(Jeremias 51:11).
     Babilônia nunca mais voltaria a ser um país independente. No século VI a.C., foi conquistada pelo Império Medo-Persa. Milênios seguintes, conquistada por Alexandre, o Grande(336-323 a.C.); os Selêucidas(323 a.C.), os Espartanos e finalmente, os romanos.
     Atualmente, de acordo com as profecias divinas, esta cidade é um pântano,povoado por hienas, linces, panteras e javalis. Os seus grandes templos e cidades, outrora morada de grandes conquistadores, foram reduzidos a montões de entulhos. Não há ali habitantes, exceto algumas tribos errantes do deserto(beduínos).
     As ruínas de Babilônia começam a 6 kms e meio  acima da aldeia de Hillah e estende-se a 5 kms e meio para noroeste, perto de 4 km do oriente para o ocidente, principalmente do lado oriental do rio. Os três montões de entulhos principais, os árabes dão o nome de "Babil", "Kars" e "Amran". Estão no oriente do rio e em uma seção da antiga cidadela, que num período remoto, tinha a forma triangular limitada pelo rio Eufrates e por dois muros. O montão sul, "Amran", assinala o local do templo de Marduk; o montão central "Kars", cobre as ruínas do velho palácio e do templo da deusa Belite, situada mais para este e separado do palácio pela Avenida das procissões. O montão "Babil", ao norte, é o lugar do palácio norte de Nabucodonosor. Hoje, esta região é um lugar estéril, devido as areias do deserto: "E Babilônia se tornará em montões, morada de dragões(lobos), espanto e assobio,sem um só habitante."(Jeremias 51:37).
     "E Babilônia.......nunca mais será habitada, nem reedificada de geração em geração: nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tão pouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos. Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas casas se encherão de horríveis animais; e ali habitarão as avestruzes e os sátiros(bodes) pularão ali. E as feras que uivam gritarão umas às outras nos seus palácios vazios, como também os chacais nos seus palacios de prazer..."(Isaías 13:20-21).
     "....Eis que ela(Babilônia) será a última das nações, um deserto, uma terra seca e uma solidão. Por causa do furor do Senhor, não será habitada, antes se tornará em total assolação....porque pecou contra o Senhor."(Jeremias 50:12,13 e 14).
     Desde aqueles dias até hoje, Babilônia tem simbolizado apostasia, arrogância, ostentação, confusão e tentativa de salvação através dos esforços humanos. O mundo é representado nesta famosa cidade da antiguidade, que acumula todos os tipos de pecados que tanto enfurecem o Altíssimo Deus, que exige santidade.
     Como Deus prometeu a libertação do seu povo do jugo babilônico, após os 70 anos do exílio, assim também está destinado a queda da Grande Babilônia, que é o mundo e seus prazeres, no final dos tempos e o livramento daqueles que fazem a vontade de Deus:"Fugi do meio de Babilônia e saí da terra dos caldeus; e sede como os carneiros diante do rebanho."(Jeremias 50:8).
     "Saí do meio dela(de Babilônia), ó povo meu, e livre cada um a sua alma, por causa do ardor da ira do Senhor."(Jeremias 51:45).
     "E depois destas coisas vi descer do céu outro anjo....e clamou fortemente com grande voz, dizendo: caiu, caiu a grande Babilônia....porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição e os reis da terra se prostituiram com ela...e ouvi outra voz do céu que dizia: sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu e Deus se lembrou das iniquidades dela."(Apocalipse 18:1,2-5).

                               Bibliografia.
     Dicionário da Bíblia-John D. Davis-17ª edição-1985
     Wickipédia-Jardins Suspensos da Babilônia
     Babilônia-civilizações antigas-Infoescola-online
     Antiga Babilônia-centro da civilização da Mesopotâmia-online
     Civilização Babilônica(gastronomia, vinho e cerveja na Babilônia)-Templo de Apolo-online
     A Queda de Judá/Templo de Apolo.net/batalhas-online
     Bíblia Sagrada.

sábado, 10 de agosto de 2013

BABILÔNIA: SINÔNIMO DO PECADO E MUNDANISMO. II PARTE.

     O rei babilônico Nabucodonosor era o segundo monarca do recém-ascendente Estado Neo-Babilônico ou caldeu. Ele gastou grande parte do seu reinado brigando com o Egito em uma luta incansável pelo controle do Oriente Médio. A medida que sua capacidade para enfrentar o Egito oscilava, os Estados que tinham passado diretamente do controle assírio para o de Babilônia, esperavam recuperar sua independência. A esperança foi estimulada de modo particular, pela tentativa de Nabucodonosor invadir a terra do Nilo, em 601 a.C., tendo o seu objetivo fracassado, encorajando a rebelião dos Estados vassalos relutantes, incluindo o reino de Judá.
     Embora o monarca babilônico não pudesse  derrotar o Egito, certamente possuía força armada suficiente às suas ordens para destruir um Estado vassalo insignificante, como Judá, ensinando-o uma lição ou o rei de Babilônia perderia o controle da Palestina: faixa de terra vital que leva ao território egipcio. Então em 597 a.C., Nabucodonosor conduziu pessoalmente um imenso exército contra o rebelde rei Joaquim, que contava que o Egito derrotasse Babilônia de forma tão decisiva, que o rei não teria condições de se recuperar. O monarca babilônico pode alinhar um exército composto de 40 a 50 mil homens, apoiado por tropas aliadas. É muito provável que Judá não tivesse mais de 10 mil homens prontos para a batalha, visto que Judá não podia esperar alinhar um exército que pudesse enfrentar os babilônios, com seus imensos recursos, levando o rei Joaquim a refugiar-se atrás das fortes muralhas de Jerusalém.
      Nabucodonosor substituiu no trono judaico por Zedequias, um vassalo supostamente mais obediente, o qual, continuou a sonhar em escapar do domínio babilônico. Zedequias conservou-se fiel durante 11 anos(597-586 a.C.), tentando sua independência encorajado pelo Faraó Psamético II(595-589 a.C.), induzindo o rei de Judá a enfraquecer o Estado babilônico, sem desgastar suas tropas egípcias. Zedequias começou a a planejar uma segunda revolta. Negociou com os países sírios que estavam sob a hegemonia babilônica(Edom, Moabe e Amom), bem como as principais cidades-Estado da Fenícia: Tiro e Sidom. Em 588 a.C., os planos de Zedequias estavam prontos e ele se declarou independente de Babilônia.
     Nabucodonosor marchou contra Judá com um poderoso exército. As avançadas egípcias obrigaram os babilônios a retirarem-se momentaneamente: "E o exército de Faraó saiu do Egito: e ouvindo os caldeus esta notícia que(os egípcios) tinham sitiado Jerusalém, retiraram-se de Jerusalém."(Jeremias 37:5).
     Zedequias nem sequer tentou combater contra o enfurecido monarca babilônico no campo de batalha. Em vez disso, confiou nas fortes muralhas de suas cidades e na promessa de auxílio militar do Faraó Aprias(589-570 a.C.), ou seja, Hofra, da Bíblia.
     O profeta Jeremias alertou ao rei Zedequias que o exército de Babilônia não desistiria de conquistar Judá e voltaria com toda a força futuramente: "Então veio a Jeremias, o profeta, a palavra do Senhor, dizendo: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Assim direis ao rei de Judá....eis que o exército de Faraó, que saiu em vosso socorro, voltará para a sua terra no Egito. E voltarão os caldeus e pelejarão contra esta cidade e a tomarão e a queimarão a fogo. Assim diz o Senhor: não enganeis as vossas almas, dizendo: sem dúvida se irão os caldeus de nós: porque não se irão....e sucedeu que, subindo de Jerusalém o exército dos caldeus, por causa do exército de Faraó."(Jeremias 37: 6,7,8,9 e 11).
     Nabucodonosor invadiu a Palestina pelo norte na primavera de 588 a.C., numa rota circular, no entanto mais fácil que procurar atravessar pela fenda do vale do Jordão ou por sobre as montanhas da Judéia. Suas tropas marcharam pela planície costeira, apossando-se das cidades da Fenícia, antes de se dirigirem para as províncias que, anteriormente. tinham constituído o Estado de Israel. Muitas cidades, ao verem o exército esmagador babilônico, logo se renderam. As cidades de Kadesh, Megido e Afeca tentaram enfrentar os babilônicos, sendo destruídas rapidamente. Em fins de 588 a.C., Nabucodonosor conseguiu mover-se para o seu principal objetivo: Jerusalém.
     Jerusalém era a capital de Judá e o maior centro cosmopolita da região, com uma população regional de 20 mil pessoas. Esse número pode ter sido aumentado, em 588 a.C., por refugiados que tinham escapado do caminho do exército em marcha de Nabucodonosor, talvez chegando a duplicar a população durante o cerco e, assim, ocasionando a extinção do estoque de alimentos na cidade. Embora Nabucodonosor já tivesse anteriormente intimado à cidade em relação a rendição, o rei Zedequias determinou a resistência, provavelmente, ciente de que poderia esperar pouca misericórdia, visto que Judá tinha se rebelado pela segunda vez. Ele deve ter esperado que Jerusalém conseguisse resistir ao cerco babilônico até a chegada do socorro do Egito. O profeta Jeremias aconselhou da parte de Deus, que Zedequias se rendesse e nada de mal lhe aconteceria: "Se voluntariamente saíres aos príncipes do rei de Babilônia, então viverá a tua alma e esta cidade não se queimará a fogo e viverá tu e a tua casa."(Jeremias 38:17).
     O cerco teve início no meio da estação chuvosa, em 10 de janeiro de 587 a.C. Nabucodonosor começou tentando uma circunvalação, certamente na espectativa de, pela fome, os habitantes relutantes chegassem a rendição.
     A principal arma do cerco foi o aríete, que era um tronco maciço de árvore todo cintado de bronze ou ferro e com uma pontiaguda cabeça de ferro, suspenso por uma estrutura para que pudesse balançar e atingir repetidamente um ponto fraco na muralha. Nabucodonosor haveria de ter muitas máquinas deste tipo a sua disposição. A tarefa dos que estavam cercados era impedir o trabalho do aríete de todos os modos possíveis, quer matando os seus operadores, quer queimando o próprio aríete ou cortando as cordas com as quais o aríete ficava suspenso, usando facas presas a varas compridas.
     Atribui-se a duração do cerco de 18 meses(1 ano e 6 meses), que Nabucodonosor pode vencer as defesas de Jerusalém. Por fim, os judeus se enfraqueceram a medida que a fome e a doença se espalharam pela cidade. Os livros de Jeremias e Lamentações mencionam a fome e a peste. Diz Lamentações: "Os mortos à espada são mais felizes do que os mortos à fome; porque estes padecem como transpassados por falta dos frutos dos campos. As mãos das mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos; serviram-lhes de alimento na destruição da filha do meu povo(Jerusalém)".(Lamentações 4:9-10).
     Finalmente, no dia 09 de julho de 586 a.C., os babilônios conseguiram abrir uma brecha ao lado norte da muralha. Nesta noite, Zedequias com todos os homens de guerra, deixaram a cidade e, passando silenciosamente pelos baluartes inimigos, dirigiram-se para o rio Jordão. Os babilônios, sabendo que o rei havia fugido, saíram a persegui-lo e alcançaram-no na planície de Jericó. Os soldados fugiram em todas as direções, deixando o rei praticamente sozinho. Levaram-no à presença de Nabucodonosor que lhe mandou arrancar os olhos, depois de mandar matar em suas presença os seus filhos. Sob algemas, foi conduzido para Babilônia, permanecendo na prisão até o dia da sua morte: "E sucedeu que, no nono ano do seu reinado, no mês décimo, aos dez do mês, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército e se acampou contra ela e levantaram contra ela tranqueiras em redor. E a cidade foi sitiada até ao undécimo ano do rei Zedequias. Aos nove do quarto mês, quando a cidade se via apertada da fome, nem havia pão para o povo da terra. Então a cidade foi arrombada e todos os homens de guerra fugiram de noite pelo caminho da porta, entre os dois muros que estavam junto ao jardim do rei(porque os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o rei se foi pelo caminho da campina. Porém o exército dos caldeus perseguiu o rei e o alcançaram nas campinas de Jericó: e todo o exército se dispersou. E tomaram o rei e o fizeram subir ao rei de Babilônia, a Ribla: e procederam contra ele. E aos filhos de Zedequias degolaram diante dos seus olhos; e vazaram os olhos de Zedequias e o ataram com duas cadeias de bronze e o levaram a Babilônia."(II Reis 25:1-7).
     "Era Zedequias da idade de vinte e cinco anos, quando começou a reinar: e onze anos reinou em Jerusalém. E fez o que era mau aos olhos do Senhor; nem se humilhou perante o profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor.De mais disto, também se rebelaram contra o rei Nabucodonosor, que o tinha ajuramentado por Deus; mas endureceu a sua cerviz e tanto se obstinou no seu coração, que não se converteu ao Senhor, Deus de Israel......Porque fez subir contra eles o rei dos caldeus, o qual matou os seus mancebos à espada, na casa do seu santuário e não teve piedade nem dos mancebos, nem das donzelas, nem dos velhos, nem dos decrépitos(velhos doentes): a todos os deu na sua mão."(II Crônicas 36:11,12,13 e 17). Ler também Jeremias 39:1-10
     "E prenderam o rei e o fizeram subir ao rei de Babilônia, a Ribla(Síria), na terra de Hamate, o qual lhe lavrou a sentença. E o rei de Babilônia degolou os filhos de Zedequias à sua vista e também degolou a todos os príncipes de Judá em Ribla. E arrancou os olhos de Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze; e o rei de Babilônia o levou para Babilônia e o conservou na prisão até o dia da sua morte."(Jeremias 52: 9-11)
     Mesmo depois de penetrarem as muralhas e de lutarem de rua em rua, alguns judeus conseguiram refugiar-se no Templo de Salomão: um complexo solidamente fortificado. Ali resistiram no período de três(3) semanas, até 04 de agosto. Três dias depois, em 07 de agosto, Nabucodonosor mandou seu general Nebuzaradão marchar contra Jerusalém, reduzindo o Templo a cinzas e aprisionando os principais de seus habitantes: "E no quinto mês, no sétimo dia do mês....veio Nebuzaradão, capitão da guarda, servo do rei de Babilônia, a Jerusalém. E queimou a casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; todas as casas do grandes queimou. E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda, derribou os muros em redor de Jerusalém. E o mais do povo que deixaram ficar na cidade e os rebeldes que se renderam ao rei de Babilônia e o mais da multidão, Nebuzaradão, o capitão da guarda, levou presos. Porém os mais pobres da terra deixou o capitão da guarda ficar alguns para vinhateiros e para lavradores."(II Reis 25:8-12). Ler também Jeremias 39:8-10 e Jeremias 52:13-16
     O profeta Ezequiel, em Babilônia, recebeu a notícia do incêndio do Templo e a destruição de Jerusalém: "E sucedeu que, no ano duodécimo, no décimo mês, aos cinco do mês do nosso cativeiro, veio a mim um que tinha escapado de Jerusalém, dizendo: ferida está a cidade."(Ezequiel 33:21).
     Nesta terceira deportação, a maior parte dos habitantes de Judá foi levada para Babilônia.
     Por causa da fidelidade e obediência do profeta Jeremias, foi libertado do cativeiro no palácio judaico e teve a oportunidade de optar em ficar na terra de Judá ou não: "E ficou Jeremias no átrio da guarda, até o dia em que foi tomada Jerusalém: e ainda ali estava quando foi tomada Jerusalém."(Jeremias 38:28).
    " Mas Nabucodonosor, rei de Babilônia, havia ordenado acerca de Jeremias, a Nebuzaradão, capitão dos da guarda, dizendo: toma-o e põe sobre ele os teus olhos e não lhe faças nenhum mal, antes, como ele te disser, assim procederás para com ele.....mandaram retirar Jeremias do átrio da guarda e o entregaram a Gedalias....para que o levasse a sua casa; e ele ficou entre o povo."(Jeremias 39:11,12 e 14).
     "A palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor, depois que Nebuzaradão, capitão da guarda, o deixou ir de Ramá, quando o tomou, estando ele atado com cadeias no meio de todos os do cativeiro de Jerusalém e de Judá, que foram levados cativos para Babilônia. Porque o capitão da guarda levou Jeremias e lhe disse: O Senhor teu Deus pronunciou este mal contra este lugar......agora pois, eis que te soltei hoje das cadeias que estavam sobre as tuas mãos. Se te apraz vir comigo para Babilônia, vem, e eu velarei por ti; mas, se te não apraz vir comigo para Babilônia, deixa de vir. olha toda a terra está diante de ti; para onde parecer bom e reto aos teus olhos que vás, para ali vai."(Jeremias 40:1-4).
     O judeu Gedalias foi constituído pelo domínio babilônico como governante da terra de Judá, entretanto pouco tempo depois desta nomeação, este governante foi morto por Ismael, judeu partidário da libertação do jugo babilônico. Muitos judeus restantes conseguiram escapar dos caldeus, levando à força o profeta Jeremias, indo em direção ao Egito, que ofereceu asilo político: "E levantou-se Ismael...com os dez homens que estavam com ele e feriram a Gedalias...à espada; matando assim aquele que o rei de Babilônia havia posto sobre a terra."(Jeremias 41:2).
     "Não obedeceu Joanã...nem nenhum de todos os príncipes dos exércitos...à voz do Senhor, para ficarem na terra de Judá. Antes tomou Joanã....aos homens, as mulheres...como também a Jeremias, o profeta.... e entraram na terra do Egito, porque não obedeceram à voz do Senhor; e vieram até Tafnes."(Jeremias 43:4-7).
     Portanto, em 581 a.C., cinco(5) anos após a destruição de Jerusalém, um outro grupo de judeus foi deportado para Babilônia, constituindo-se a quarta deportação, ficando a terra assolada e sem habitantes: ""No ano vinte e três de Nabucodonosor, Nebuzaradão, capitão da guarda, levou cativos dentre os judeus, setecentas e quarenta e cinco almas: todas as almas são quatro mil e seiscentas."(Jeremias 52:30).
     Nabucodonosor agiu também no sentido de dissolver o Estado judaico, assegurando dessa forma, que não haveria mais rebeliões. Sem o poder limitante da monarquia, a autoridade do templo e sobre o povo passou para as mãos do Sumo-sacerdote, que seria a autoridade dominante.
     Oséias foi o 19º e último rei de Israel, governando durante 09 anos(732-723 a.C.). O Reino do Norte, ou seja, as 10 tribos de Israel, tiveram origem no ano 931 a.C., sob o reinado de Jeroboão(I Reis 11:28).. Este reinado, sob a liderança de Oséias, foi derrotado e levado cativo para a Assíria, pelo rei Salmanaser V, em 722 a.C., devido a desobediência aos mandamentos de Deus, em não copiarem os costumes gentílicos das nações ao redor: " Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos e suas filhas e deram-se a adivinhações e criam em agouros; e venderam-se para fazer o que parecia mal aos olhos do senhor para o provocar à ira. Pelo que o Senhor muito se indignou sobre Israel e os tirou da sua face: nada mais ficou, senão a tribo de Judá."(II Reis 17:17-18).
    ..."Salmanasar, rei da Assíria, subiu contra Samaria(capital de Israel) e a cercou. E a tomaram ao fim de três anos...E o rei da Assíria transportou a Israel para a Assíria...porquanto não obedeceram à voz do Senhor seu Deus, antes transpassaram o seu concerto: e tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado, nem o ouviram nem o fizeram."(II Reis 18: 9, 11-12).
     Este fato ocorreu 209 anos após a divisão do Reino judaico em duas partes. 136 anos após a queda de Samaria(o Reino do Norte), expulsando-os da terra prometida, Judá( o Reino do Sul), foi derrotado por Nabucodonosor, em 586 a.C.(aproximadamente 345 anos após a sua fundação, em 931 a.C, por Roboão.): II Reis 24:1-20; II Reis 25:1-22; II Crônicas 36:5-21).