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segunda-feira, 29 de julho de 2013

BABILÔNIA: SINÔNIMO DO PECADO E MUNDANISMO- I PARTE.

     A cidade de Babel deu origem a Babilônia, capital da Caldéia, país situado na Mesopotâmia. Era fertilizada pelos rios Tigre e Eufrates, sendo uma das mais famosas metrópoles da antiguidade.
     Originou-se quando os homens, conscientemente, se afastaram do Todo-Poderoso e foram tomados pelo orgulho e exaltação, tentando igualar-se a Deus. O período deste fato, foi logo após o dilúvio, quando houve a edificação de uma imensa torre, que sofreu com a interdição divina, resultando a confusão dos idiomas do povo que a construi-a(Gêneses 11). A edificação dessa cidade por Ninrode terminou com a apostasia da torre de Babel, que passou a significar "grande confusão".  Localizada cerca de 60 milhas(100 km a sul de Bagdá, no Iraque moderno) Babilônia serviria por quase 2 mil anos como centro da civilização mesopotâmica.
     Os primeiros povos mesopotâmicos chegaram há mais de 5 mil anos atrás nas montanhas da Ásia central, a procura de territórios férteis próximos aos rios, para fixarem moradia. Por volta do século XIX a.C., os amoritas derrotaram os sumérios e acádios que dominavam a mesopotâmia. Oriundos do sul do deserto árabe, construíram cidades-Estado de Babilônia, formando o primeiro Império Babilônico.
     Numa época em que a cidade de Ur dos caldeus(4 mil anos a.C.) era o centro de um império, a Babilônia parece ter sido um centro de administração provincial. Em 1894 a.C., depois do império de Ur desmoronar, a cidade foi conquistada por um homem chamado Samu-Abum. Ele era um dos amorreus, povo de língua semítica, oriundo da área ao redor da Síria moderna. Começou a transformar a Babilônia num pequeno reino feito de uma cidade e uma pequena quantidade de território nas proximidades. Babilônia permaneceria dessa maneira até que, mais tarde, um homem chamado Hamurabi(1792-1750 a.C.), subisse ao trono, transformando este pequeno reino num grande império. Este rei criou um sistema rigoroso de leis, sendo que nos últimos tempos, o idioma babilônico seria usado em todo o Oriente Médio, como uma forma de comunicação através das fronteiras.
     Hamurabi teve que ser paciente antes que pudesse expandir seus domínios. Localizado entre dois(2) reinos maiores, denominados Larsa e Ashur, foi cauteloso e usou o tempo com sabedoria. Com a morte do governante de Ashur e uma série de guerras contra Rim-Sin, governante de Larsa, que estava no poder por quase 60 anos, foi capaz de conquistar estes reinos. Outras batalhas contra a Assíria e o reino de Mari, alargaram ainda mais o seu império.
     A cidade e o reino de Mari, em torno de 1780 e 1750 a.C., ao norte da Mesopotâmia, tornou-se a região do vinho. Seu rei, o maior proprietário do país, tinha reservas consideráveis em seus armazéns, tão vigiados e trancados, quanto os seus tesouros. Essas reservas eram alimentadas em parte por meio de presentes, mais ou menos obrigatórios, provenientes de outros soberanos, amigos ou aliados, ou de simples particulares, desejosos de atrair para si os favores reais, mas principalmente, por meio de compras feitas de comerciantes importadores especializados, semelhantes aos da baixa mesopotâmia. Este rei distribuía o vinho, bebida distrital aos seus aliados, como por exemplo, a Hamurabi, que futuramente iria conquistar o reino de Mari com seus tesouros e bebidas fermentadas. Com a morte do rei Hamurabi, seguiu-se uma grande instabilidade política em Babilônia, facilitando a invasão e domínio dos Cassistas.
     Em 1595 a.C., o hitita governante Mursili I capturou a Babilônia, pondo um fim no Império Babilônico.
     Por volta de 1200 a.C., todo o mediterrâneo oriental, junto com a Babilônia, sofreram com a invasão de imigrantes chamados "Os povos do mar". A guerra contra a Assíria, resultou com o rei babilônico levado para a prisão em Asur e o roubo da estátua do deus babilônico Marduk(ou Merodak). Um novo governante babilônico denominado Nabucodonosor I(1126-1105 a.C.), veio para o resgate, derrotando Elam e trazendo a estátua de volta. Babilônia lutou ao longo dos séculos seguintes e os assírios invadiram-na novamente. Esta cidade foi colocada sob o domínio assírio entre 729-627 a.C.(102 anos) e durante uma rebelião em 689 a.C., parece ter sido inundada e as estátuas de seus deuses destruídas pelos assírios.
     O rei Nabopolassar, aliado com o povo iraniano denominado Medianos, travaram uma batalha com a Assíria, libertando Babilônia do jugo dos seus antigos tiranos, conquistando a capital assíria de Nínive, em 612 a.C. A partir dos esforços de Nabopolassar, uma nova idade de ouro viria para Babilônia. Ele unificou os territórios e deu início ao Segundo Império Babilônico ou Império Neobabilônico. Sete(7) anos depois,  com a sua morte, seu filho Nabucodonosor II assume o trono, fazendo o possível para expandir o seu território pela Mesopotâmia. Investiu pesado no seu exército, lutando por mais de trinta(30) anos para dominar vários países, como Fenícia, parte da Arábia, Assíria, Palestina, Síria e Elam, tornando-se a maior liderança do Oriente Médio da antiguidade.
     Os profetas Isaías(765 a.C.-681 a.C.) juntamente com o profeta Miquéias(750 a.C.-680 a.C.), inspirados divinamente, apontavam Babilônia como o lugar do exílio dos judeus. Esse trágico acontecimento foi inicialmente anunciado por Isaías ao rei Ezequias, rei de Judá, por volta do ano 700 a.C. Naquele tempo, o rei Ezequias estivera muito doente. A sua doença era mortal. Insatisfeito, ele orou e pediu a Deus para ser curado, já que ele fazia a Vontade do Deus Único.(II Reis 18:5). Em resposta, o Altíssimo concedeu-lhe mais quinze anos de vida. Como sinal do cumprimento dessa promessa, Deus fez a sombra do relógio do sol recuar dez graus(II Reis 20:8-11). Ao ouvir falar da doença de Ezequias, o rei de Babilônia, Berodaque Baladã, enviou mensageiros à presença do rei de Judá. Naquela época, Babilônia não era a grande potência e sim a Assíria. Esta visita visava buscar apoio político para futuras conquistas. Como a vaidade e o orgulho tomaram conta do coração do rei Ezequias, ao invés de mostrar as grandezas de Deus, ele exibiu todas as riquezas do seu reino aos visitantes babilônios. Isto desagradou a Deus: "Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor. Eis que vêm dias em que será levado para Babilônia tudo quanto houver em tua casa, bem como o que entesouraram os teus pais até o dia de hoje; não ficará coisa alguma, diz o Senhor. E até mesmo alguns de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, levarão; e eles serão eunucos no paço do rei de Babilônia". (II Reis 20:16-18) e Isaías 39:5-7
     "Sofre dores de trabalho, ó filha de Sião, como a que está de parto, porque agora sairás da cidade e morarás no campo e virás até Babilônia: ali, porém, serás livrada; ali te remirá o Senhor da mão dos teus inimigos".(Miquéias 4:10).
     Esta profecia demorou quase cem (100) anos para ser cumprida. Nem o rei Ezequias e nem os profetas Isaías e Miquéias presenciaram o seu cumprimento.
     Outro fato que endossou esta sentença divina foram os pecados do rei Manassés(687-642 a.C.), que governou o reino de Judá durante 55 anos: "Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar....e fez o que parecia mal aos olhos do Senhor, conforme as abominações dos gentios que o Senhor desterrara de suas possessões de diante dos filhos de Israel...... e desampararei o resto da minha herança, entregá-los-ei na mão dos seus inimigos; e far-se-ão roubo e despojo para todos os seus inimigos."(II Reis 21: 1,2 e 14).
     "Entrega-los ei ao desterro em todos os reinos da terra, por causa de Manassés, filho de Ezequias, rei de Judá, por tudo quanto fez em Jerusalém."(Jeremias 15:4).
     "E na verdade, conforme o mandado do Senhor, assim sucedeu a Jerusalém, que tirou de diante da sua face, por causa dos pecados de Manassés, conforme tudo quanto fizera. Como também por causa do sangue inocente que derramou, enchendo a Jerusalém de sangue inocente; e por isso o Senhor não quis perdoar".(II Reis 24: 3 e 4).
     "Também o rei(Josias) derribou os altares que estavam sobre o terraço do cenáculo de Acaz, os quais fizeram os reis de Judá; como também o rei derribou os altares que fizera Manassés nos dois átrios da casa do Senhor; e esmigalhados os tirou dali e lançou o pó deles no ribeiro de Cedrom".(II Reis 23:12).
     Diz a tradição judaica que o rei Manassés ordenou a morte do profeta Isaías, aos 92 anos, no ano 680 a.C., serrando-o ao meio. Após o seu aprisionamento pelos assírios, o rei Manassés se arrependeu amargamente do seu proceder, mudando de atitude, todavia não mudou a sentença divina do futuro cativeiro judaico(II Crônicas 33:12-13).
     Com a fatalidade ocorrida com o  piedoso monarca de Judá, o rei Josias, em 609 a.C., sucessor do rei Amom, na tentativa de impedir a marcha do Faraó Neco II, que governou de 610 à 594 a.C., contra a  Assíria, Josias foi morto na batalha em Magedo. Depois deste feito, Neco II não se preocupou mais com o seu reino, correndo para o rio Eufrates, considerando a Palestina e a Síria, como parte de suas conquistas, indo para Rebla, onde receberia as homenagens dos seus súditos: "Depois de tudo isto isto, havendo Josias já preparado a casa, subiu Neco, rei do Egito, para guerrear contra carquemis(Síria), junto ao Eufrates: e Josias lhe saiu ao encontro. Então ele lhe mandou mensageiros, dizendo: que tenho eu que fazer contigo, rei de Judá? quanto a ti, contra ti, não venho hoje, senão contra a casa que me faz guerra; e disse Deus que me apressasse: guarda-te de te pores a Deus, que é comigo, para que não te destrua. Porém Josias não virou dele o seu rosto, antes se disfarsou, para pelejar com ele; e não deu ouvidos  às palavras de Neco, que saíram da boca de Deus; antes veio pelejar no vale de Megido. E os frecheiros atiraram ao rei Josias: então o rei disse aos seus servos: tirai-me daqui, porque estou gravemente ferido......e morreu."(II Crônicas 35:20-24).
     Parece que o Faraó Neco II deixou o seu exército acampado em Carquemis(Síria) enquanto regressava ao Egito. No ano 605 a.C., juntou-se novamente ao exército com a finalidade de atacar o império assírio em decadência. Infelizmente seus planos não deram resultado, pois confrontou-se com Nabucodonosor, novo conquistador babilônico, dominador da Assíria, derrotando as tropas egipícias, aniquilando todas as suas possessões asiáticas: "E o rei do Egito nunca mais saiu da sua terra; porque o rei de Babilônia tomou tudo quanto era do rei do Egito, desde o rio do Egito até ao rio Eufrates."(II Reis 24:7).
     "Acerca do Egito, contra o exército de Faraó Neco, rei do Egito, que estava junto ao rio Eufrates em Carquemis, ao qual Nabucodonosor , rei de Babilônia, feriu, no ano quarto de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá."(Jeremias 46:2).
     Por ocasião da morte do rei Josias, o povo proclamou Joacaz, terceiro filho deste monarca, como novo rei de Judá. Três(3) meses após, Faraó Neco meteu-o a ferros e levou-o para o Egito, elevando ao trono de Jerusalém o seu irmão mais velho, Eliaquim, que lhe mudou o nome para Joaquim(pai), começando a reinar pelo ano 608 a.C.(com 25 anos de idade) até o ano 597 a.C., totalizando 11 anos de reinado. Foi obrigado a cobrar impostos pesados sobre o povo para dá-los a Faraó. Afastou-se do Eterno Deus a quem seu pai havia servido, tornando-se um idólatra.
     Foi Nabucodonosor quem deu cumprimento às predições dos profetas, no  4º ano do reinado do rei de Judá Joaquim(pai), tornando-o tributário. Foi a primeira etapa de deportação do povo judeu: no ano 605 a.C., Nabucodonor invadiu Jerusalém, tomou os vasos do Templo de Salomão, levando-os para Babilônia, conduzindo também membros da família real como cativos, entre eles, os jovens, Daniel, Hananias, Misael e Azarias: " Nos seus dias subiu Nabucodonosor, rei de Babilônia, e Joaquim ficou três anos seu servo; depois se virou e se revoltou contra ele".(II Reis 24:1).
     'No ano terceiro do reinado de Joaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém e a sitiou. E o Senhor entregou nas suas mãos a Joaquim, rei de Judá e uma parte dos vasos da casa de Deus e ele os levou para a terra de Sinear, para a casa do seu deus e pôs os vasos na casa do tesouro do seu deus...... e entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias."(Daniel 1:1,2 e 6).
     Motivado pelo pelo governo egípcio, o rei de Judá Joaquim(pai) se revoltou contra o domínio babilônico, em 601 a.C. Outras perturbações caíram sobre o reino de Judá: "E Deus enviou contra ele as tropas dos caldeus, as tropas dos Siros, as tropas dos moabitas, as tropas dos filhos de Amom; e as enviou contra Judá, para o destruir, conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de seus servos, os profetas."(II Reis 24:2). O próprio rei de Babilônia entrou em Jerusalém, prendeu o rei Joaquim, para conduzi-lo a Babilônia preso a ferros , fato ocorrido em 597 a.C.: " Era Joaquim de vinte e cinco anos de idade, quando começou a reinar: e onze anos reinou em Jerusalém: e fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus.Subiu pois contra ele Nabucodonosor, rei de Babilônia, e o amarrou com cadeias, para o levar a Babilônia."(II Crônicas 36:5-6). Joaquim-pai foi metido numa gaiola(Ezequiel 19:5-9), levado à presença de Nabucodonosor que se achava no campo de Jerusalém. O propósito de enviá-lo para Babilônia foi abandonado. Ele morreu ou foi assassinado e o seu corpo teve a sepultura do jumento e lançado fora das portas de Jerusalém(Antiguidades judaicas 10.6,3).
     "Portanto assim diz o Senhor acerca de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá: não lamentarão por ele, dizendo: ai, irmão meu ou: ai, minha irmã! nem lamentarão por ele, dizendo: ai, Senhor ou: ai majestade! em sepultura de jumento o sepultarão, arrastando-o e lançando-o para bem longe, fora das portas de Jerusalém."(Jeremias 22:18-19).
     Joaquim foi sucedido no trono por seu filho Jeconias(Joaquim-filho), de dezoito(18) anos de idade, governando apenas três(3) meses, quando neste ano 597 a.C., Nabucodonosor cercou a cidade de Jerusalém, levando a rendição do rei Joaquim-filho. Esta foi a segunda deportação ao cativeiro em Babilônia. O profeta Ezequiel foi levado neste cativeiro: "Então saiu o rei Joaquim, rei de Judá, ao rei de Babilônia, ele, sua mãe, seus servos, seus príncipes, seus eunucos; e o rei de Babilônia o levou preso, no ano oitavo do seu reinado. E tirou dali todos os tesouros da casa do Senhor e os tesouros da casa do rei....e transportou a toda a Jerusalém, como também a todos os príncipes, todos os homens valorosos, dez mil presos, e todos os carpinteiros e ferreiros: ninguém ficou senão o povo pobre da terra. Assim transportou Joaquim a Babilônia..."(II Reis 24:12-16).
     O profeta Jeremias predissera a Joaquim-pai que seus descendentes não se assentariam no trono de Davi, pelo fato de ter queimado o rolo da palavra de Deus em que continha as profecias do jugo de Babilônia sobre os judeus: " Então veio a Jeremias a palavra do Senhor, depois que o rei queimara o rolo, com as palavras que Baruque escrevera da boca de Jeremias, dizendo: toma ainda outro rolo e escreve nele todas as palavras no primeiro volume, que queimou Joaquim, rei de Judá. E a Joaquim, rei de Judá, dirás: Assim diz o Senhor: tu queimastes rolo dizendo: por que escreveste nele anunciando: certamente virá o rei de Babilônia e destruirá esta terra e fará cessar nela homens e animais? Portanto assim diz o Senhor acerca de Joaquim, rei de Judá: não terá quem se assente sobre o trono de Davi e será lançado o seu cadáver ao calor do dia e a geada de noite."(Jeremias 36:27-30).. Com a transferência como prisioneiro do Joaquim-filho, filho de Eliaquim ou Joaquim-pai,Nabucodonosor colocou em seu lugar, a Matanias, tio de Joaquim-filho, para ocupar o trono de Judá, mudando o seu nome para Zedequias, que foi ajuramentado a prestar-lhe obediência: "E o rei de Babilônia estabeleceu a Matanias, seu tio, rei em seu lugar; e lhe mudou o nome em Zedequias."(II Reis 24:17). Jeremias recomendou, em nome de Deus, que Judá aceitasse a submissão destes novos senhores. Todavia, não foi ouvido, sendo lançado numa masmorra: "No princípio do reinado de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, veio esta palavra a Jeremias da parte do Senhor, dizendo:......Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder e com o meu braço estendido e a dou aquele que me agrada em meus olhos. E agora eu entreguei todas estas terras na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo: e até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam....E falei com Zedequias, rei de Judá, conforme todas estas palavras, dizendo: metei os vossos pescoços no jugo do rei de Babilônia e servi-o, a ele e ao seu povo e vivereis. Por que morrerias tu e o teu povo, à espada, a fome e de peste, como o Senhor disse da gente que não servir ao rei de Babilônia?"(Jeremias 27: 1,5,6,12 e 13).
     "Mas nem ele, nem os seus servos, nem o povo da terra deram ouvidos às palavras do Senhor, que falou pelo ministério de Jeremias, o profeta....entrando pôs Jeremias na casa do calabouço e nas suas celas; ficou ali Jeremias por muitos dias".(Jeremias 37:2 e 16).
     ..."As palavras que anunciava Jeremias a todo o povo, dizendo: Assim diz o Senhor: o que ficar nesta cidade morrerá a espada, à fome e de pestilência: mas o que for para os caldeus viverá; porque a sua alma lhe será por despojo e viverá. Assim diz o Senhor: esta cidade infalivelmente será entregue na mão do exército do rei de Babilônia e ele a tomará. E disseram os príncipes ao rei: morra este homem, visto que ele assim enfraquece as mãos dos homens de guerra que restam nesta cidade....E disse o rei Zedequias: eis que ele está na vossa mão....então tomaram a Jeremias e o lançaram no calabouço de Malquias, filho do rei, que estava no átrio da guarda; e desceram a Jeremias com cordas; mas no calabouço não havia água, senão lama; e atolou-se Jeremias na lama".(Jeremias 38: 1-6).
     "Então disse Jeremias a Zedequias: Assim diz o Senhor, Deus dos Exércitos, Deus de Israel: se voluntariamente, saíres, aos príncipes do rei de Babilônia, então viverá a tua alma e esta cidade não se queimará a fogo e viverá tua e a tua casa. Mas, se não saires aos príncipes do rei de Babilônia, então será entregue esta cidade na mão dos caldeus e eles a queimarão a fogo e tu não escaparás da mão deles."(Jeremias 38:17-18).
     O profeta Jeremias predisse que o tempo do cativeiro seria de setenta(70) anos: "Portanto assim diz o Senhor dos Exércitos: visto que não escutastes as minhas palavras: Eis que enviarei e tomarei a todas as gerações do norte, diz o Senhor, como também a Nabucodonosor, rei de Babilônia , meu servo e os trarei sobre esta terra e sobre os moradores.... e acontecerá, porém, que, quando se cumprirdes os setenta anos, visitarei o rei de Babilônia e esta nação, diz o Senhor, castigando a sua iniquidade e a terra dos caldeus; farei deles uns desertos perpétuos".(Jeremias 25:8-12).
     "Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumprissem."(II Crônicas 36: 21).
     "Porque assim diz o Senhor: certamente que passados os setenta anos em Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a trazer a este lugar."(Jeremias 29:10).
     O ministério profético de Ezequiel ocorreu durante o período mais tenebroso da história de Israel: os sete(7) anos que antecederam a destruição de Jerusalém e o Templo de Salomão, em 586 a.C.(593-586 a.C.) e os quinze(15) anos seguintes(586-571 a.C.). Fundou uma escola de profetas, onde ensinava a Lei de Deus à beira do rio Quebar, que cortava a cidade de Babilônia: "E aconteceu no trigésimo ano, no quarto mês, no dia quinto do mês, que estando eu no meio dos cativos junto ao rio Quebar, se abriram os céus e eu vi visões de Deus. No quinto dia do mês(no quinto ano do cativeiro do rei Joaquim)". (Ezequiel 1:1-2).
     Partilhou dos sofrimentos do cativeiro com o rei Joaquim(filho), onze(11) anos após o exílio de Daniel(II Reis 24:11-16). Começou seu ministério profético no 5º ano da prisão de Joaquim, em em 593 a.C., sete(7) anos antes da destruição de Jerusalém(586 a.C.).
      Ezequiel dirige suas palavras aos seus compatriotas cativos e também ao povo hebreu que ainda residia na Palestina. Ambos os grupos permaneceram revoltados e irredutíveis, com a captura de Jerusalém e a prisão do rei Joaquim, por parte de Nabucodonosor, juntamente com inúmeros judeus, em 597 a.C. Deus utiliza Ezequiel com a tarefa de denunciar a casa rebelde de Israel e a predizer a destruição de Jerusalém e a deportação de um número ainda maior. Seis(6) anos após a pregação do profeta Ezequiel, suas profecias se cumpriram: "E disse o Senhor: assim comerão os filhos de Israel o seu pão imundo, entre as nações, para onde serão lançados.... então me disse: filho do homem, eis que eu torno instável o sustento de pão em Jerusalém e comerão o pão por peso e com desgosto; e água beberão por medida e com espanto. Para que o pão e a água lhe faltem..."(Ezequiel 4:13 e 16).
     "Uma terça parte de ti(Judá) morrerá de peste e se consumirá à fome no meio de ti; outra parte cairá a espada em redor de ti; e a outra terça parte espalharei a todos os ventos e a espada desembainharei atrás deles.... quando eu enviar as terríveis flechas da fome contra eles para sua destruição, as quais eu mandarei para vos destruir, então aumentarei a fome sobre vós e tornarei instável o sustento do pão."(Ezequiel 5: 12 e 16).
     Esta profecia do profeta Ezequiel se assemelhou com a de Jeremias em Judá, quando este servo de Deus aconselhou a rendição do rei às tropas babilônicas, abrindo as portas de Jerusalém, caso contrário milhares seriam mortos e outros aprisionados: "Então Jeremias lhes disse: Assim direis a Zedequias. Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ....e eu pelejarei contra vós com mão estendida e com braço forte e com ira, com indignação e com grande furor. E farei os habitantes desta cidade, assim os homens como os animais: de grande pestilência morrerão......o que ficar nesta cidade há de morrer  à espada, ou fome, ou da pestilência; mas o que sair e se render aos caldeus, que vos tem cercado, viverá e terá a sua vida por despojo".(Jeremias 21: 3, 5, 6 e 9).
     

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