O Renascimento foi uma nova visão do mundo, segundo os intelectuais da época, que surgiu com o desenvolvimento econômico.
Iniciou-se nos seculos XIII e XIV, na Itália, atingindo o seu apogeu nos seculos XV e XVI.
Como sabemos, os esportes foram abolidos pelo cristianismo, por serem formas de cultuar-se o corpo físico, exaltando o perfil humano, através de exercícios atléticos; e também por ser um meio pelo qual exaltava o ser humano ou equipes e por terem sido criados para adoração aos diversos deuses do paganismo(demônios).
Essa época foi denominada 'Renascimento', porque os homens que participaram dessa renovação cultural procuraram basear-se na antiguidade, ou seja, nas culturas greco-romanas. Acharam que sua época presenciava o renascimento da cultura antiga, abolida pelo cristianismo e por ela se orientavam, procurando desprezar a cultura da Idade Media.
O Humanismo surgiu no seculo XIV na península Itálica. Dai, difundiu-se pelo continente europeu, dando origem a um movimento de renovação intelectual e artístico conhecido como Renascimento. Esse nome foi dado pelo arquiteto toscano Giorgio Vasari(1511-1574) para mostrar o desejo de se fazer renascer o pensamento e a arte dos antigos gregos e romanos.
Durante o Renascimento ou Renascença, como também é chamada, difundiu-se entre os estudiosos a ênfase na procura de explicações racionais e não baseadas na fé, para os fatos da natureza. Esse tipo de pensamento, conhecido como racionalismo, negava a idéia de que a Igreja ou os livros sagrados(a Bíblia) fossem suficientes para responder a todas as duvidas humanas.
O Renascimento foi menos intenso onde a influencia religiosa era maior: Alemanha, Países Baixos(Holanda, Bélgica), França, Inglaterra, Espanha e Portugal.
O Humanismo foi a caracteristica principal do Renascimento. Era uma corrente de idéias, elaboradas por homens materialistas, dos séculos XV e XVI, caracterizado pelo esforço de pôr em foco a dignidade do espirito humano e a autonomia em face da revelação crista. Levou a sociedade a glorificar o homem e a natureza. Os humanistas europeus através de suas obras na literatura, pintura, escultura, arquitetura e a música, influenciaram bastante para que o mundo assimilasse novamente os costumes dos antigos gregos e romanos.
O interesse pelas civilizações antigas, durante o Renascimento, levou a redescoberta dos exercícios fisicos, que tiveram tao importante papel na mais evoluída, de então, de todas as culturas: a grega.
Para o Humanismo, toda a Idade Média(ou Medieval), de 476 d.C.-1453 d.C., não fora mais que um longo processo de atraso e degeneração do ser humano e esta corrente de idéias foi buscar na cultura clássica greco-romana(que havia cultuado o homem), pré-cristã, as fontes de sua inspiração e os modelos não só de estilo literário, mas também de seus modos de pensar e agir. Os humanistas não só chegaram a ser exímios helenistas e latinistas, como ainda iniciaram o movimento de exclusão dos ideais cristãos no mundo ocidental, retirando a autoridade que o cristianismo mantinha. Retirada a cultura européia e destituídos os padrões ético-cristãos em que se baseava, a humanidade foi buscar numa exaltação do homem o substituto do Deus Todo-Poderoso. O humanismo se reduz a uma forma de naturalismo ateu.
Os humanistas italianos dos séculos XIV e XV, podem ser considerados os precursores dessa nova tendência que reconduzia aos exercícios físicos. As escolas do Renascimento fizeram da educação física uma parte importante do sistema educacional então vigorante e incluíram em seus programas de atividades os exercícios de equitação, corridas pedestres, saltos, esgrima, diversos jogos com bola e outras modalidades esportivas, praticados todos os dias pelos alunos ao ar livre e sem limitação de tempo.
Jean-Jacques Rousseau(1712-1778), naturalista e iluminista suíço, partidário de um governo democrático, através de poemas épicos, peças de teatro, etc expressou toda a sua maneira de pensar. Já no Emile, em 1762, Rousseau mostra o que considera a educação ideal para os jovens e fala dos exercícios físicos. Suas obras tiveram repercussão mundial, sendo lidas por homens do povo e também por príncipes. Tem o seu nome ligado ao reaparecimento da cultura física, como fator de educação.
Foram os seguintes pensadores humanistas e suas obras literárias: 1) Petrarca(1304-1374)- conhecido como "Pai do Humanismo", autor do livro "Sonetos"; 2) Erasmo de Rotterdan(1476-1536), que recebeu o título de "Príncipe dos Humanistas". Destacou-se na filosofia e escreveu "O elogio da loucura", criticando a sociedade e os costumes do Clero; 3) Boccacio, escreveu "O Decemeron"; 5) Ludovico Ariosto, escreveu "Orlando Furioso"; 6) Torquato Tasso- "Jerusalém Libertada"; 7) Maquiavel- "A Mandrágora"(sátira a sociedade italiana de Florença) e "O Príncipe"; 8) Os Franceses Rabelais- "Gargantua" e "Pantagruel"(obra em que criticava a igreja) e Montaine- "Ensaios".
Numa tentativa de harmonizar os valores pagãos com os valores cristãos, surgiram os humanistas cristãos simpatizantes dessas doutrinas. Consequentemente, houve a ressurreição dos esportes antes abolidos. O termo "Humanismo" aparece pela primeira vez, em 1808(século XIX), no livro do pedagogo alemão F.J. Niethammes, intitulado "A luta entre o Filantropismo e o Humanismo".
Na Renascença, há uma volta com a cultura humanística, a educação física, também revivida. A partir de Pietro Vergerio, que publicou em Pádua e Florença(Itália) um retrato de educação, várias obras são escritas sobre a instrução dos jovens, não raro dando destaque ao esporte e à educação física.
Do século IV ao seculo XIV d.C., a humanidade foi influenciada pelo cristianismo num período em que o homem procurava redimir-se dos seus pecados. As artes e as ciências decaíram consideravelmente. Alguns reis, como Eduardo III(1312-1377), da Inglaterra, chegaram a proibir a prática de qualquer esporte que não estivesse associado ao treinamento dos soldados, inclusive o atletismo.
Coube exatamente aos ingleses reviverem, de forma definitiva, as competições clássicas de pista e campo. Os povos das ilhas britânicas sempre apreciaram os esportes. No inicio do seculo XIX, com a reforma que os educadores vitorianos(durante o reinado da Rainha Vitoria) introduziram nas escolas públicas, os princípios defendidos por Thomas Arnold, na Rugby School. Thomas Arnold, educador inglês, nasceu em East Cowes, ilha de Wight, em 13 de junho de 1795 e morreu em Rugby em 12 de junho de 1842(47 anos). Educado em Winchiester e Oxford, apresentou-se como candidato a chefe da Escola de Rugby em 1827, disposto a transformar o sistema educacional público não apenas naquela instituição, mas em toda a Grã-Bretanha. Lembrado principalmente por seus sermões na Capela escolar, Arnold teve o mérito de conseguir mais do que até então o sistema de prefeitos nas Escolas públicas produzira. Após a sua morte, a maioria das escolas secundárias inglesas tomaram a Rugby como modelo. Admirador da civilização grega, Arnold adotou o principio de uma união fértil entre o esforço físico a o esforço espiritual. Se opôs aos métodos de Oxford, traçando as bases da reforma de todo o ensino Vitoriano, sendo um dos responsáveis pela introdução dos jogos populares nas escolas publicas inglesas. Juntamente com os seus discípulos, entre eles o Deão Arthur Penrhyn Stanley e Thomas Hughes, recomendavam que os esportes fossem utilizados com o fim da canalizar para os campos da competição a energia que, de outra forma, os jovens poderiam desperdiçar em práticas condenáveis. Segundo aqueles educadores, praticas condenáveis não eram apenas os vícios do jogo de azar e do álcool, mas idéias ou manifestações políticas de sentido reformistas, que poderiam por em risco o conservadorismo defendido pelos partidários vitorianos.
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